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De um lado, importa considerar o fundamento hereditario, commum a todas as psychoses funccionaes: «Não é vesanico, diz elle, quem quer: é precisa uma longa incubação; são precisas, pelo menos, duas gerações que preparem o terreno» . Não, é claro, duas gerações de delirantes chronicos, mas de nevro e psychopatas. «São umas vezes, explica, nevroses, outras vezes intoxicações chronicas, outras ainda anomalias da intelligencia, do sentimento ou da vontade a que se não prestaria, talvez, attenção, mas que nem por isso deixaram de imprimir o seu cunho sobre o individuo e os seus descendentes» . A tara hereditaria cria a predisposição; para determinar a doença qualquer abalo moral é bastante.

3.º Que teve o povo portuguez, durante a idade média, uma vigorosa existencia, manifestada politicamente pela robusta vida municipal, litterariamente pela sua collaboração nos vastos romanceiros peninsulares, e pelas chronicas de Fernão Lopes.

Antes da sua entrada no palacio, chegara Bartholo de Briteiros com as bellas meninas. Em quanto as duas portuguezas levadas pelas damas se gosavam da frescura da noite nos jardins, que muitas vezes serviam de salões, Jeronymo Bonaparte conversou com Briteiros largamente ácerca do moço portuguez que muito o encantara com a sua vasta erudição, e perguntou ao hospede se conhecia Fernando Gomes. O fidalgo franziu a testa, e disse: Não sei dizer a vossa alteza quem seja Fernando Gomes. Os Gomes em Portugal não sei quem sejam. Antigamente houveram os de bom toque; mas de D. João I para não acho menção d'elles nas chronicas.

Vejamos o que diz Ruy de Pina; prefiro, sempre que seja isso possivel, empregar a linguagem das chronicas, porque tem um sabor antigo, que se conforma melhor com o assumpto, tambem antigo, do que a nossa linguagem actual.

em 1600 tinha Duarte Nunes de Leão impresso suas «Chronicas dos Reis de Portugal,» e na Vida e feitos de seu 1.^o Monarcha tinha elle dedicado um capitulo inteiro ao texto e á refutação das fabulas da Chronica velha de D. Affonso Henriques. Este texto encerra toda a substancia dos Capitulos que hoje publicamos em sua fórma original.

«Eu sempre ouvi dizer: frade nem vivo, Nem morto e nem pintado na parede. A rasão deste dito salta aos olhos; O que frades, outr'ora, não fizessem Incumbir ao diabo era debalde: E as chronicas referem muitos casos De quináos, que ao diabo os frades deram. Mas verdade verdade, o frade de hoje, Labéo das frias cinzas de Epicuro, Não chega ao calcanhar do velho frade

Mas não ha isso; considerando em si o argumento, elle não parece dos mais vehementes no seu genero. Vejamos. Primeiro que tudo, as numerosas chronicas d'esses tempos parece-me uma expressão demasiado vaga e incerta.

Quem não tinha ascendentes conhecidos e nobilitados não era pessoa juridica, não era homem: vivia á mercê da misericordia infinita da nobreza. Triste situação era esta! Mas era assim. Rezam as lendas ou as chronicas, que uma nobre dama da côrte dos Valois não escrupulisava despir-se diante dos seus lacaios, segundo o dizer de Brantôme. Que importava a sensualidade da gentalha!

As chronicas do tempo não sanccionam esta affirmativa. Ruy de Pina e Dameão de Goes nem sequer noticiam tal juramento; aquelle diz apenas que ella sempre se chamou Princeza até 1455, em que nasceu o Principe D. João; este, que depois do nascimento do Principe ella teve o titulo de Infante, por não lhe pertencer o que primeiro usara.

De um louvo o zelo em fazer publicar as Chronicas dos nossos Reis, que tantos tempos ha que se conservam manuscritas, e do outro não posso deixar de lhe não occultar a negligencia com que se houve na composição desta Chronica, porque parece que não fez exame algum para o que havia de escrever.

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