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Escolhido o mosteiro de Odivellas, para residencia da Princeza, por ahi viver sua thia D. Filippa, diz Dameão de Goes que el-rei a foi visitar com o Principe, e lhe disse o que no conselho se ordenara ácerca da ordem de sua casa e modo do estado da sua pessoa, pelo que ella lhe beijou a mão, dizendo-lhe que n'isto lhe fazia grande mercê, porque sua tenção e vontade fôra sempre de servir a Deus em religião.

Luiz de Souza, querem que D. Joanna fosse a regente, opinião que alem de não ser seguida por Dameão de Goes, Ruy de Pina e outro qualquer chronista, cahe pela base em presença da carta patente de D. Affonso V, em que se incumbe a governança do reino ao velho duque de Bragança.

As chronicas do tempo não sanccionam esta affirmativa. Ruy de Pina e Dameão de Goes nem sequer noticiam tal juramento; aquelle diz apenas que ella sempre se chamou Princeza até 1455, em que nasceu o Principe D. João; este, que depois do nascimento do Principe ella teve o titulo de Infante, por não lhe pertencer o que primeiro usara.

Regulada a administração e defeza das praças conquistadas, o rei voltou ao reino, onde o esperava a mais brilhante recepção que até então entre nós se havia presenciado. Os vencedores, diz Dameão de Goes, foram recebidos com procissões e grandes festas, que em louvor de Deus, e lembrança de tão assignalada victoria por muitos dias se celebraram por todo o reino.

Parece-nos que se o visconde de Santarem reflectisse por um momento no elogio que a Ricardo III faz Dameão de Goes, não faria menção de tal casamento, pois é mais que provavel, dado o caso de haver aquelle projecto, que este chronista não fallasse tão desabridamente de um monarcha, que simplesmente por uma circumstancia inesperada, deixou de desposar uma princeza portugueza.