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Fallando do que se passa no chamado periodo de incubação do delirio persecutorio, escreve n'um dos seus ultimos trabalhos o eminente observador: «Os doentes experimentam um mal-estar, um descontentamento que não sabem explicar-se; tornam-se apprehensivos, inquietos, desconfiados, crendo notar certas mudanças na maneira de ser da familia e mesmo dos extranhos.

Ao passo que o Delirio Chronico se caracterisa evolutivamente pela successão regular e irrevogavel de certos periodos, sendo o primeiro de incubação, os delirios polymorphos teem uma evolução irregular, imprevista, e rompem subitamente, sem preparação.

Quando o perseguido começa, no periodo chamado de incubação do delirio, a isolar-se da familia e dos amigos, a evitar o convivio, a alterar os seus habitos de existencia, a irritar-se, se o censuram ou simplesmente o interrogam, fal-o por desconfiança do meio, que reputa hostil.

Neste ponto de vista, a litteratura de um povo, considerada como um todo symetrico, uma obra gigantesca e collectiva, apresenta-se como a expressão do seu espirito nacional, determinado não por tal ou tal elemento primitivo e, por assim dizer, physiologico, mas pelos elementos complexos, uns fataes outros livres, uns criados outros herdados, cuja synthese constitue a idéa da sua nacionalidade raça, instituições, religião, tradição historica e vocação politica e economica no meio dos outros povos. A idéa nacional, na sua evolução, determina gradualmente o que se póde chamar o temperamento da nação; e, se esta surda fermentação se manifesta em tudo, nos seus actos e nos seus pensamentos, revela-se sobretudo na sua imaginação, isto é, no seu ideal, cuja expressão mais livre é a arte e a litteratura. Nesta invisivel circulação da seiva interior ha periodos, periodos de revolução, de progresso, de retrocesso, de incubação ou de plenitude de forças: a estes correspondem invariavelmente os periodos artisticos e litterarios, com suas variações de intensidade, lenta formação de escólas, morbidos estacionamentos, subitas e inflammadas florescencias. E, como nesta vegetação collectiva, cada ramo, cada folha, cada fructo, se alimenta com a seiva commum e tem uma vitalidade proporcional á força que trabalha o grande tronco, o espirito individual acompanha o espirito nacional nas suas evoluções, gradua pela delle a sua intensidade: a sua liberdade interior tem por limites, realisando-se, as condições do meio em que se desenvolve, e o genio do artista, do poeta, ainda quando protesta e se revolta, é sempre adequado ao genio do seu povo e da sua época.

Manifestando uma grande incomprehensão das idéas do medico de Sant'Anna, alguns membros da Sociedade tentaram atacar a doutrina do Delirio Chronico, affirmando que muitos vesanicos são ambiciosos antes de serem perseguidos; que outros surgem com um delirio de perseguições sem terem passado por uma phase de incubação; que alguns, emfim, intermittentememe deliram n'um sentido persecutorio ou ambicioso.

Recordemos que duas circumstancias uma d'ordem etiologica, outra de natureza symptomatico-evolutiva, caracterisam a psychose: a primeira consiste em que ella ataca na idade média da vida individuos até então perfeitamente normaes, embora predispostos; a segunda, era que ella segue na sua marcha quatro periodos distinctos, succedendo-se n'uma ordem invariavel o de incubação, o de perseguições, o megalomano e o demencial.

N'este ponto de vista, a litteratura d'um povo, considerada como um todo symetrico, uma obra gigantesca e collectiva, apresenta-se como a expressão do seu espirito nacional, determinado não por tal ou tal elemento primitivo e, por assim dizer, physiologico, mas pelos elementos complexos, uns fataes outros livres, uns criados outros herdados, cuja synthese constitue a idéa da sua nacionalidade raça, instituições, religião, tradição historica, e vocação politica e economica no meio dos outros povos. A idéa nacional, na sua evolução, determina gradualmente o que se póde chamar o temperamento da nação; e, se esta surda fermentação se manifesta em tudo, nos seus actos e nos seus pensamentos, revela-se sobretudo na sua imaginação, isto é, no seu ideal, cuja expressão mais livre é a arte e a litteratura. N'esta invisivel circulação da seiva interior ha periodos, periodos de revolução, de progresso, de retrocesso, de incubação ou de plenitude de forças: a estes correspondem invariavelmente os periodos artisticos e litterarios, com suas revoluções, suas variações de intensidade, lenta formação de escólas, morbidos estacionamentos, subitas e inflammadas florescencias. E, como n'esta vegetação collectiva, cada ramo, cada folha, cada fructo, se alimenta com a seiva commum e tem uma vitalidade proporcional á força que trabalha o grande tronco, o espirito individual acompanha o espirito nacional nas suas evoluções, gradua pela d'elle a sua intensidade: a sua liberdade interior tem por limites, realisando-se, as condições do meio em que se desenvolve, e o genio do artista, do poeta, ainda quando protesta e se revolta, é sempre adequado ao genio do seu povo e da sua época.

Estabelecendo com Magnan (como o fizera Lasègue para o perseguido) que o delirante chronico é um ser normal até á invasão da doença, Legrain compraz-se em vêr na incubação d'esta uma lucta da razão com os morbidos elementos invasores. Ao passo que o degenerado supportaria, por assim dizer, o seu delirio, espontanea manifestação de um desequilibrio preexistente, o normal fabrical-o-hia lentamente, hesitantemente e raciocinando sempre.

Para podermos, pois, affirmar que na sociedade wisigothica estavam em incubação todos os elementos do organismo feudal, os quaes sem a conquista mussulmana teriam produzido na Hespanha um feudalismo inteiramente similhante ao da Europa central, é preciso que examinemos a estructura do corpo politico e o complexo das relações do individuo com a sociedade.

O periodo de incubação delirante, a que accidentalmeme assistimos, mercê das relações que então mantinhamos com um irmão, remonta a 1878; no anno immediato o delirio de perseguições achava-se installado, fazendo-se acompanhar de allucinações auditivas e provocando da parte do doente reacções violentas: chamavam-lhe, na rua e nos cafés, pederasta, onanista, devasso, ao que elle respondia aggredindo os suppostos insultadores.