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Atualizado: 4 de maio de 2025


Jacinto não conhecia Torges, e foi com desusado tédio que êle se preparou, durante sete semanas, para essa jornada agreste. A quinta fica nas serras e a rude casa solarenga, onde ainda resta uma tôrre do século XV, estava ocupada, havia trinta anos, pelos caseiros, boa gente de trabalho, que comia o seu caldo entre a fumaraça da lareira, e estendia o trigo a secar nas salas senhoriais.

Entre os troncos de choupos, as aguas espumantes sarjando a terra e as madresilvas debruçadas nos vallados, entre os vultos mal distinctos que a obscuridade confundia e deformava, a porta do moinho lançava um clarão e ao fundo via-se, em volta da lareira, o moleiro, a mulher e os filhos, abrigados do vento frio que corria no valle, sobre a ribeira.

"Voto a Christo atalhou o Lidador que não cria eu que o senhor rei me houvesse posto nesta torre de Béja para estar assentado á lareira da chaminé, como uma velha dona, a espreitar de quando em quando por uma séteira, se cavalleiros mouros vinham correr a barbacan, para lhes cerrar as portas, e ladrar-lhes do cimo da torre da menagem, como usam os villãos.

Estou morto por saber, porque é que chamaram a D. João II o principe perfeito, principiou o Manuel da Idanha no domingo immediato, quando estiveram todos sentados á roda da lareira, porque, emfim, vocemecê nos fallou n'uns poucos de reis de quem se não póde dizer mal: D. Diniz, por exemplo, D. João I, etc.

Tambem, se o pai estava em casa era raro que dissesse alguma cousa; assentado á lareira, dormia ou limpava armas de caça. Em outro tempo contava a avó muitas historias bonitas, mas então não contava nada, e se fallava era a meia voz e comsigo. Joanninha assentava-se ao da avó com uma roca pequena e fiava; mas era um trabalho aborrecido por não haver quem conversasse.

E, no pedaço de chão que viam, chão de terra batida, uma mancha humida reluzia, da chuva pingada de uma telha rôta. A parede, coberta de fuligem, das longas fumaraças da lareira, era tão negra como o chão.

O palacio pouco mais tinha do que as paredes. Pouco a pouco, taboa, por taboa, viga por viga, o quarto do criado passára pela chaminé e este dormia agora na camara do Conde. E o velho fidalgo dizia ao ver crepitar na vasta lareira as taboas carcomidas: Paciencia! Isto concerta-se depois, quando chegar o paquete. E o José apenas respondia: Salve, Rainha. Estava-se no principio de janeiro.

Na lareira arde um canhoto. Cabe o nevão. A cosinha é negra, de telha , é negro o frio, mas as almas sentem-se agasalhadas. Por um buraco avistam-se as estrellas e uma pedra serve de lar. Ao estalido das pinhas, abafadas na cinza, repartem um pão que é o suor do seu rosto, bebem um vinho aquecido em arvores que as suas mãos cortaram. Sentados ao lume não falam.

Penetremos tambem na cosinha. A formosa Helena prepara, sobre a meza tôsca, a massa para as filhoses; com as mangas do vestido arregaçadas deixando vêr os seus bem torneados braços até ao cotovello, falla e ri com a sua peculiar jovialidade. Na lareira, em volta d'uma fogueira onde arde um grande cepo, estão sentados o tio José, Julia, João, e, na extremidade do banco, Paulo.

O meu espirito talvez fosse como o Rouvière de uma comedia de Feuillet, que, depois de ter percorrido o mundo em todos os sentidos, fica espantado de encontrar a felicidade sentada ao canto da lareira de uma familia burgueza n'uma aldeola do seu paiz natal. Chamava-se Julieta a heroina do meu romance de amor. Até o nome era de fazer enlouquecer um enthusiasta como eu.

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