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Atualizado: 10 de junho de 2025
Os pobres pensam que existem seres ainda mais pobres, lares desamparadas, onde nem o lume se accende; cuidam n'uma velhinha, que, a essa mesma hora, scisma, abandonada e sósinha, ao pé de brazas extinctas, no filho doente, no filho ausente... Ha cabanas nuas, lares rôtos, almas mais gelidas que o nevão. As lagrimas que se choram e se não vêm são as peores: cahem sobre a alma.
As brazas vão-se extinguindo como um poente, ou como uma alma que vae deixar-nos. A Morte passa. No buraco do telhado a estrella reluz, o nevão cabe com um ruido de flôres desfolhadas, e cada um scisma em alguma coisa de indeterminado e vago, de longinquo: em certa hora da vida, na mãe, n'um filho ausente, n'aquella morta que passou seus dias a sacrificar-se por nós... O lume apaga-se...
Na lareira arde um canhoto. Cabe o nevão. A cosinha é negra, de telha vã, é negro o frio, mas as almas sentem-se agasalhadas. Por um buraco avistam-se as estrellas e uma pedra serve de lar. Ao estalido das pinhas, abafadas na cinza, repartem um pão que é o suor do seu rosto, bebem um vinho aquecido em arvores que as suas mãos cortaram. Sentados ao lume não falam.
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