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E porque dorme ella, quando nações inteiras choram escravas o seu martyrio, e banhadas em sangue invocam a morte nos campos talados, nas cidades saqueadas, nos patibulos e nos carceres, a morte, unica esperança que lhes resta, depois de roubados os seus altares, de incendiadas as suas moradas, de infamadas suas esposas e filhas, e de dispersas como vil as cinzas de seus paes e de seus avós?!...

Hei de dar tamanha consideração ás lagrimas que choram dois olhos alheios, que nunca vi, que estão a duzentas leguas de distancia e não hei de apiedar-me das minhas lagrimas, que escorrem aqui na minha face, e que eu aparo na tremura das minhas mãos!

O meu olhar maldito logo afasta O Sêr que ás suas lagrimas empece, E o perfil animado lhe desgasta! O meu olhar as cousas anoitece... E elas choram na sombra e na incertêsa, A minha propria dôr... E eis que aparece, Deante de mim, o Espectro da Tristêsa... E tudo transfigura... E eu fico a vêr, Como através da Morte, a Naturêsa... O berço é cova. Que é nascer? Morrer.

Geme-lhe no tumulo A viração. Vedes, alem... na relva... Junto ao rosal Flores que ha desfolhado O vendaval? Cobrem-lhe a lousa humilde; A creação Paga-lhe assim a divida De compaixão. Pobres, que amava tanto, Nunca, ao passar, Choram, curvando a fronte Para rezar. Nunca, ao romper do dia, O lavrador Pára e lamenta a sorte Do bom reitor.

E que terna que foi a despedida!... Beijos e abraços não se deram, porque os japonezes não dão nem beijos nem abraços; lagrimas não correram, porque os japonezes nunca choram; mas fôram tantas as mesuras e tantos os sorrisos, e tam longa a ultima palestra, elle promettendo voltar breve, ella prodigalisando mil conselhos, que era mesmo um regalo contemplar casal tam meigo e tam feliz!...

Os muitos infelizes são por via de regra os menos sensiveis. Os desgraçados são egoistas. Não sabem, não podem, não querem consolar, porque se julgam credores das consolações dos outros. Ao principiar da vida, a ignorancia do mal pende á condolencia e amiseração dos que choram.

estamos em Lisboa na calçada do Sacramento, em casa do artista Francisco Lourenço. Estão os dois velhos á meza, onde o almoço lhes arrefece. Nenhum põe mão na comida. Encaram-se, e choram. Gracinda e Genoveva sahiram hontem para casa de seus maridos. Alli estão as cadeiras d'ellas, e sobre a meza as chavenas do almoço, e os guardanapos que lhes serviram dois dias antes.

Nos acontecimentos d'esta infausta noite para os agentes da policia franceza, o morto-vivo e o espectro medroso representaram um papel, que os torna dignos de nos demorarmos com elles por algum tempo. Principiemos pelo honrado fazendeiro, cuja desastrada sina choram em côro as visinhas e as comadres da aldeia.

Sei os males e os bens do passado; entendo os males e os bens do presente, ou antes os males do presente e bens do futuro; mas vejo, de mais a mais, um cardume de males extraordinarios, que não são, para que assim digâmos, nem do homem, nem da Natureza, nem de Deus, mas sim da mudança, da transformação da fortuna, da fortuna cega, que, no trocar das mãos, quebra sem pejo, nem , nem consciencia, o que depois todos choram e ninguem concerta.

«D. Francisco Manuel de Mello, em annos sediços, escreveu uma Epanaphora amorosa. Succede, por isso, ao estremado estylista que faz rir a gente quando os seus personagens choram.

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