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Da gafaria para a cova, ameaçado por todos, na terra e no céo, o povo infeliz e faminto congregava-se em volta do throno protector, adorando o rei justiceiro e providente, inimigo das pestes, das guerras, das fomes, e sentia-se rico dos thesouros guardados nas torres do castello. Além d'isso, D. Pedro fartava-o. As suas folias não eram danças e musicas.

Por esta raspadura, conjecturou Silvestre que ali devia estar o banco da cama do avô, até porque ouvira dizer que parte do thesouro estivera enterrado debaixo da cama; e elle, quando tomara posse da casa, ainda vira a cova aberta, dois palmos distante d'aquella parede. A pedra aqui é mais larga disse o fogueteiro á mulher.

Se, acaso, aquelle nome o tronco duro Inda o guardou fiel!... e a larangeira!... E eu não passei por este val escuro Como uma ave lugubre e estrangeira!... Se acaso inda te lembra d'esse, a quem Tanta vez tu vestiste com as tranças!... E á cova em que eu jazer vier alguem... Sem ser as meigas pombas e as creanças!...

Aquelle lyrio dobrado Por que assim vive escondido! Eu bem sei! não tem calçado! E é muito usado o vestido! Por isso não tem porvir Morrerá virgem e nova, E aguarda-a bem cedo a cova... Que eu bem a ouço tossir! Miseria afugenta tudo! Miseria tem dons funestos! Quem é que gaba o veludo D'aquelles olhos honestos! Pobre flor desfalecida Tão nova e ainda em botão!

E parecia que ante mim pouco a pouco resurgiam visiveis, redivivos, os momentos passados ha tres seculos: o heroico fidalgo, morto de frio e de fome, procurando revelar ao seu Rei o segredo immenso que descobrira; a camisa rasgada, a veia aberta; as linhas tremulas anciosamente lançadas; a penna informe escorregando-lhe da mão; a treva da noite enchendo a cova; o derradeiro beijo pousado no crucifixo; um pensamento dado ainda aos seus, á terra d'onde partira n'um galeão, ao Rei que servia com indomada ; por fim a morte, o lento e sereno resvalar para a morte, n'aquelle immenso silencio e na immensa solidão!

Apenas no chão, a horrenda creatura agarrou o cajado, e dobrada em duas, com passos tremulos e vivos, largou em silencio para o arco escuro. Nós seguimos, calados, tambem. Á entrada, o monstro parou, voltado para nós, com um riso livido na caveira. Homens das estrellas, estaes decididos? Quereis realmente penetrar na cova onde as pedras reluzem? Estamos promptos, Gagula, disse eu, alegremente.

Vi o riso que alumia O nosso fim... O cirio eterno a arder ao da cova, A eterna flôr do edenico jardim: A luz do dia, Sempre nova. E ri na cara da Morte, Ó vento norte, O riso que ela me deu! E de traz d'um rochedo, Ergueu-se o vulto pálido do Mêdo... Que frio gesto e lugubre estatura

Isso então valeria mais a pena de se contar, e comprehenderiamos que a Nação o publicasse em telegramma: «O padre cego appareceu-lhe um olho em cada buraco do nariz e está-lhe a vir outro na cova do ladrão, pelo qual as suas rezas de costas na cama com o breviario por baixo do travesseiro.

Se acaso aquelle fogo em que te abrasas Inda não se apagou!... nem o encanto!... Mais que a ideal palpitação das azas, Ser-me-ha doce, meu bem! ouvir teu pranto! E n'essa cova então bella e dourada, Como a nossa união antiga e calma! Colhe tu uma flor branca e raiada... Que n'essa flor te enviarei minha alma!

O senhor está fóra, logo não é sua; mas apesar d'ella não me ser destinada, é comtudo minha. Mentes, é para um morto, e não para um vivo. Eis um desmentido prompto e que não admitte replica. Para que homem cavas essa cova? Senhor, não é para um homem! Para que mulher então? Nem tão pouco para uma mulher! Quem será pois depositado n'esta cova?

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