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D'estas vãs e ardentes consultas ao porvir, voltava o moço ao refrigerio do trabalho, e assim o tempo ia derivando, branqueando-lhe os cabellos, e quebrando-lhe os espiritos. Em Lisboa era sabida a situação de Affonso de Teive, não que elle a contasse. Escrevia ao tio Fernão raramente, sem de leve tocar em negocios.

Sinto-me ditosa!... Ainda não quiz pensar um instante se estas alegrias podem descair em magoas... Estou sonhando, e não quero que me acordem. Seria crueldade dizerem-me que ha viboras debaixo d'estas alcatifas de flores. Isto deve ser paraizo sem culpa, ignorancia santa do porvir sem pomo de arvore da sciencia que m'o descubra. Não é assim?...

Verás girar seus bailes rebatidos em redor das estridulas fogueiras; ouvirás os seus canticos em coro devoto e namorado; a bomba foge, zune fugindo, e solapada estoira; o buscapé no ar caracolando morde n'um, morde n'outro, ameaça a todos, dispersa os grupos, gasta-se raivando, e entre os risos rebenta atroando os ares; aqui, circula em vertice perenne a roda leve espadanando incendios, chovendo oiro luzente e estrellas alvas; ali, floreia o fulgido valverde, vulcão sonoro que arremette ás nuvens; vôa, remonta impaciente aos astros o ignívomo foguete estrepitoso. ¡E a musica entretanto! ¡e as doces falas! ¡e os segredos d'amor! ¡e a prece occulta! e essa mão dada a furto, e a furto acceita! ¡e esse olhar falador! ¡e essas virtudes da meia noite em ponto! e a flôr crestada! ¡e as sortes que a fortuna extrai ás vezes, e muitas mais a próvida malicia! ¡e a fonte que amanhece entre descantes, e pasma rindo de se ver c'roada de festões verdes e enlaçadas flores!... ¡Que noite! ¡que prazeres! ¡que triumphos te aguardam no porvir, me estão na mente!

Cura me filosofia Que me promete saude; Dei lhe a mão, ela me guia, Ouço falar da virtude; Se a visse, sarar me hia. Diz Platão, que é dos milhores, Quem posesse os olhos nela, Que verdadeiros amores Sempre traria com ela. Como digo, eu de ouvir Ando como homem pasmado, Desejoso de a seguir, Chorando todo o passado, Temendo todo o porvir.

Pandolpho Seixas, proprietario abastadíssimo. Foram padrinhos os srs. Silvino Cunha e Anthero de Mendonça e suas exmas. consortes. Aos jovens conjuges desejamos o mais ridente porvir enaltecido das felicidades a que têm jus por seus dotes distinctissimos."

Theophilo Braga. O Sr. Oliveira Martins procede de um modo bem diverso. Elle multiplica os pontos de vista, não poupa principios novos para explicar novas formas de existencia, foge de theorias demasiado simples, e quando formula uma lei admitte a sua futura realisação sob certas condições, abstendo-se de uma excessiva confiança na sciencia como explicação do presente ou previsão do porvir.

Punida estás, bem punida, Sabe pois que amor do ceo, Amor como foi o meu, Encontra-se um na vida! Inda ao ver-te... porque não, Porque t'o devo occultar?! Este morto coração, De novo sinto pular Em meu peito fatigado! Emfim, se o destino agora, Quer que não possa existir Da esperança do porvir, Deixal-o existir embora, Da saudade do passado!

De candidos sonhos, de luz, e de flores, Cercada a existencia começa a sorrir; Alegre o presente nos falla de amores, De amores nos falla brilhante o porvir! Depois no horisonte sereno, e risonho, Carregam-se as sombras, perturba-se a luz, Esvae-se a ventura veloz como um sonho, Que apenas instantes na vida reluz!

Nem uma reminiscencia do passado escurecia a linguagem lucida da prophetisa que descrevia as alegrias do céo. Era tudo porvir, tudo paragens do vôo que ella ia desferir da margem da sepultura para além. Dos seus soffrimentos nada lhe dizia: os da alma abençoava-os, os do corpo chamava-lhes o doce pungimento dos espinhos da sua corôa gloriosa.

Tua dôr, teu prazer existem, passam, Sem porvir, sem passado, e sem sentido. Nas angustias da vida, o teu consolo O suicidio é , que te promette Rica messe de goso, a paz do nada! E ai de ti, se buscaste, emf­im, repouso, No limiar da morte indo assentar-te! Alli grita uma voz no ultimo instante Do passamento: a voz atterradora Da consciencia é ella.

Palavra Do Dia

dormitavam

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