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O que é que mais desejas De tudo quanto existe? O amor? O que é que invejas Bom lyrio branco e triste?! Ó vil sorte mesquinha! E eterno desejar! Invejas a andorinha Que vôa pelo ar!? Nas brisas da tardinha Pára teu vôo um pouco; Ouve um poeta, um louco, Escuta-me andorinha! Um pouco deixa os ninhos; Attende as vãs loucuras, Tambem nas sepulturas Vôam os passarinhos!

e ver-se-ha quanto estamos longe do desespero tragico de outros annos. A tempestade acalmou. Na esphera do invisivel, da intangivel, Sobre desertos, vacuo, soledade, Vôa e paira o espirito impassivel A theoria do progresso indefinido é, com effeito, racionalmente absurda. Esse destino, para os neo-buddhistas, é o Nada transcendente; esse ideal é a Liberdade.

Adivinhariam que o seu governo não havia de durar muito? Os factos provaram mais esta vez ainda os perigos de tão errado systema. Filho da violencia, apenas o desamparou a força que era o seu unico apoio, despenhou-se nos abysmos, que elle proprio afundára. O bem soa, o mal voa De ordinario voltam-se contra os poderes odiados os proprios meios empregados para algemar os povos.

Na presença das traições de que é victima a França, não cabe o coração no peito de quem tem alma para sentir, e uma parte d'elle vôa a consubstanciar-se no do povo cuja tunica parece estar sendo jogada por Napoleão sobre um tambor prussiano. Para quem está escrevendo as presentes linhas, a causa da França, em guerra com a Prussia, foi sempre a do interesse liberal e portuguez.

Quebrou as garras, depenou as azas E hallucinado, exangue, Os olhos como brazas, Heroe febril, a gotejar em sangue, Partiu n'um vôo arrebatado e louco. Trazendo dentro em pouco Preso no bico um ramo de veneno, E bello e grande e tragico e sereno Disse: «Meus filhos, a existencia é boa quando é livre. A liberdade é a lei. Prende-se a aza, mas a alma vôa... Ó filhos, voemos pelo azul!... Comei! »

Na Europa, na Africa, na America tem uma lenda, a lenda de um homem que vôa, um filho do ar, que ás vezes, ao descer para a terra, como que recebe da terra mostras de justo resentimento pelo muito que parece desdenhal-a.

E talvez, talvez que Elvira Nem se lembre de que Alceo, Se suspira, Se delira, He por motivo seu. Em quanto, Elvira, se occulta A meus olhos teu semblante, Hum minuto, hum breve instante Parece que fim não tem. Se alcanço de vêr-te a gloria, Então vôa o tempo bem. E talvez, talvez que Elvira Nem se lembre de que Alceo, Se suspira, Se delira, He por motivo seu.

Mercadores das colonias phenicias, das Ilhas gregas, de Tardis, da Mesopotamia, de Tadmor, uns com soberbas simarras de bordada, outros com toscos tabardos de couro pintado, desdobravam os panos azues de Tyro que reproduzem o brilho ardente dos céos do Oriente, as sêdas impudicas de Sheba d'uma transparencia verde que vôa na aragem, e esses estofos solemnes de Babylonia que sempre me extasiavam, negros com largas flôres côr de sangue... Dentro de cofres de cedro, espalhados sobre tapetes da Galacia, reluziam espelhos de prata simulando a lua e os seus raios, sinetes de turmalina que os hebreus usam ao peito, manilhas de pedrarias enfiadas em cornos d'antilopes, diademas de sal-gema com que se enfeitam os noivos; e, resguardadas mais preciosamente, talismans e amuletos que me pareciam pueris, pedaços de raizes, pedregulhos negros, couros tisnados e ossos com letras.

O sol na marcha luminosa vôa Lançando á terra magestoso olhar; Passa cantando quem o ar povôa E a praia abraça venturoso o mar. No bosque o vento dôce canto entôa, Ouvem-se em côro as multidões cantar; Que a um triste o coração lhe dôa, Que eu seja o unico a soffrer, chorar... Por ti, saudade... de quem vai tão perto E a quem dos olhos e das mãos perdi N'este tão ermo lugubre deserto!

Quem te ha partido, Meu calix de crystal, onde hei bebido Os nectares do céo... se um céo houvesse! Fonte pura das lagrimas que choro! Quem tão menina e moça desmanchado Te ha pelas nuvens os cabellos d'oiro! Some-te, vela de baixel quebrado! Some-te, vôa, apaga-te, meteoro!