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Toc, toc, é noite... ouvem-se ao longe os sinos, Moleirinha branca, branca de luar!... Toc, toc, e os astros abrem diamantinos, Como estremunhados cherubins divinos, Os olhitos meigos para a ver passar... Toc, toc, e vendo sideral tesoiro, Entre os milhões d'astros o luar sem veo, O burrico pensa: Quanto milho loiro!

Estalam ramos. Ouvem-se na clareira passos pesados; os lobos afastam-se. Por baixo das ramarias, apoiado nas colunas redondas das suas pernas, com as suas defesas brancas cintilando

Parecem acordar na primavera pelo canto dos passaros e pela doçura do ar; e ouvem tudo então, as vozes que passam no murmurio das ondas, na rama das arvores, ouvem o que se diz ao longe, ouvem o que não se chegou a dizer, ouvem-se a si, unicamente a si; a voz do enguiço, que falla dentro d'elles, e compõe, e ordena, e retem, e impelle... Um levanta-se da cama, veste-se e prepara-se para sair.

«Agasta-se a feiticeira que vive na montanha, e lança veneno nos alimentos de Iowo. Iowo morre com grande pezar de sua mãe. «Ouvem-se então gemer trez cucos: um que não deixa jámais de lamentar-se; outro que se faz ouvir pela manhã e á noite; e o terceiro, que sómente geme quando lhe apraz.

O sol na marcha luminosa vôa Lançando á terra magestoso olhar; Passa cantando quem o ar povôa E a praia abraça venturoso o mar. No bosque o vento dôce canto entôa, Ouvem-se em côro as multidões cantar; Que a um triste o coração lhe dôa, Que eu seja o unico a soffrer, chorar... Por ti, saudade... de quem vai tão perto E a quem dos olhos e das mãos perdi N'este tão ermo lugubre deserto!

Pelas noutes d'estio ouvem-se os rallos Zunirem suas notas sibilantes, E mistura-se o uivar dos cães distantes Com o canto metallico dos gallos... Tem sido até agora o scintillante E antigo Sol, amigo da Harmonia, Que me tem ensinado, cada dia, A desprezar a Morte escura e errante!

N'este entrincheiramento houve ultimamente augmento de força, pois que ouvem-se agora rufos de tambores e toques de corneta, o que não acontecia até fins de Janeiro: ha uma peça de artilharia para defendel-o e uma palissada de grossos madeiros de aroeira. Iremos com as precauções precisas visitar estes pontos, communicando logo o que tivermos observado.

d'aqui para fóra, João Pereira! Ouvem-se fungadellas de sorrisos, que exacerbam a cólera do calvo que se retira. Angelica tem o queixo n'uma attitude perfurante. O senhor Antonio transpira na abundancia do costume. Senhora Angelica! Que queres tu, rapaz? Pois tu levantaste-te da cama a tremer maleitas, Joaquim? Que queres tu?

O coração batia-lhe, tremia-lhe a urna ao hombro. Maria, reconhecendo-o, falou do seu esconderijo: Aqui, meu senhor. O patriarcha adiantou-se e, sentindo a friagem do sitio, ouvindo o triste gottejar na lage, perguntou: Porque buscaste tão obscura jazida onde o ar regela e a luz não chega? fóra ha um calor macio e sente-se o aroma das hervas vivas, ouvem-se as vozes alegres.

Quem ha, dos que pensam, é claro, e dos que, por assim dizer, costumam tomar o pulso ao espirito, que não se tenha sentido em certos dias como que exilado n'este mundo e tentado juntar, unir, ligar no fundo d'alma remeniscencias vagas de melhores tempos, enleiando-se n'uma especie de saudades da patria que perdeu... A terra parece triste então, embebe-se o animo na nostalgia do céu, quer a idéa voar para , e consegue-o ás vezes... De noite, quando não se póde dormir, mas está tudo socegado, some-se o mundo em que a gente anda, vêem-se brilhar as flores colhidas que o tempo murchou, ouvem-se chorar-nos n'alma suspiros e ais conhecidos, e passam na penumbra duvidosa em que se nos perde o olhar certas creaturas que nós sabemos bem quem sejam... O mundo então chama a isso ás vezes ser poeta; e é ainda, talvez, a telha!...

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