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E de algũs que trazia condenados, Por culpas, & por feitos vergonhoſos Porque podeſſem ſer auenturados, Em caſos deſta ſorte duuidoſos. Manda dous mais ſagazes, enſaiados, Porque notem dos Mouros enganoſos, A Cidade, & poder, & porque vejão, Os que Chriſtãos, que ſo tanto ver deſejão.

Foi n'este ponto, que ao longe se viu erguer uma nuvem de , que voava rapida para o logar da peleja: mais perto, aquelle turbilhão rareou, vomitando do seio um basto esquadrão de arabes; os mouros que fugiam, deram volta e gritaram: "Ali-Abu-Hassan! Deus é Deus, e Mohammed o seu propheta!"

E Dalbofeira se acha por mais certa opinião, que em tempo deste Rei foi tomada dos Mouros por o Mestre Daviz Dom Lourenço Affonso, e assi parece rezão, porque elle foi sempre, e é hoje da dita Ordem.

Ellas feitas El-Rei D. Affonso partio de Coimbra para aquelle lugar, com tanto desejo, e devação, que apagava em seu coração todo receio, trabalho, e perigo que nisto corria, e chegando fez buscar com grande deligencia o Corpo, e nunca o pode achar por N. Senhor ter ordenado, que o Jazigo deste glorioso Martyre fosse na Cidade de Lisboa onde agora jaz, a qual ainda então era de Mouros.

As labaredas subiam, zumbia ao longe o clamor dos desgraçados, e á maneira que o terribil heroe se alongava na praia com os seus para regressar aos navios, os mouros vinham anciosos e cheios de medo vêr se podiam ainda salvar algumas migalhas da sua cidade, pasto das chammas vivas. Era em vão. Como uma tromba devastadora, Albuquerque proseguiu deixando um rasto de sangue e cinzas.

Tornão da terra os Mouros co recado Do Rei, pera que entraſſem, & conſigo Os dous que o Capitão tinha mandado, A quem ſe o Rei moſtrou ſincêro amigo: E ſendo o Portugues certificado, De não auer receio de perigo. E que gente de Chriſto em terra auia, Dentro no ſalſorio entrar queria

El-Rei D. Fernando quando soube que os Mouros eram desbaratados, e El-Rei D. Affonso descercado, não quiz ir mais adiante, posto que perto fosse, e esteve alli quedo tres dias, enviando dizer a El-Rei D. Affonso que tomasse prazer, e nada receasse delle, que não abalára, nem vinha a outra cousa, se não por o descercar, e pois os Mouros eram idos, que ficasse com a paz de Deus, e El-Rei D. Affonso lhe deu por ello muitas graças, e é que desque foi prezo na batalha que houve com este D. Fernando de Lião seu genro, nunca depois foi visto ledo, nem haver prazer como dantes, e quando lhe lembravam as cavallarias que dantes soia fazer contra Mouros, e quam temido era delles, não podia estar que mui enxergadamente se não entristecesse, mas porque deste tempo até que o Corpo de S. Vicente foi trazido a Lisboa, não achamos outra cousa que de contar seja, queremos aqui dizer como, e em que modo foi aqui trazido.

E o duque com respeito de serviço d'El-Rei não vendo para isso sua carta se escusou, pelo qual conveiu a estes pedir a El-Rei que por sua carta lh'o encommendasse, e em tanto porque o conde de Viana acertou d'entrar de Alcacere em terra de mouros, foram estes com elle na entrada, onde por caso Diogo de Bairros topou um João d'Escalona, de Tarifa, que em Tangere foram ambos captivos e em poder de um senhor.

Mas entre tantas palmas ſalteado Da temeroſa morte, fica erdeiro, Hum filho ſeu de todos estimado, Que foy ſegundo Affonſo, & Rei terceiro No tempo deſte, aos Mauros foi tomado Alcaçere do ſal por derradeiro: Por que dantes os Mouros o tomarão, Mas agora eſtruidos o pagarão.

Foram lançadas na villa duas mil e quatrocentas e cincoenta e seis pedras grossas, foram mortos dos christãos até XXV, e dos mouros muitos, de que se não houve o numero certo.

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