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Atualizado: 4 de maio de 2025


Que dolorosa noite para os dez mil pobres que em Paris erram sem pão e sem lar! Na minha aldeia, entre cêrro e valle, talvez assim rugisse a tormenta. Mas ahi cada pobre, sob o abrigo da sua telha , com a sua panella atestada de couves, se agacha no seu mantéo ao calor da lareira.

Crianças olhái-as perto, Desmaiaditas a rir... Nos olhos um ceu aberto, Nos labios rosas a abrir... Não têm mãe, não teem lume. Sua lareira é o caminho, Como ninhadita implume, Morta a mãe longe do ninho. Crianças que não tem lar Onde o carinho reluz Nunca aprenderão a amar, São como as rosas sem luz...

E era a lembrança d'estes que tornava tão triste a lareira nas longas noites de inverno, quando uivava o temporal. Um dia parti para a escola um bocado mais cedo que o costume, porque no quintal do padre prior, tinha visto uma figueira deitar por cima do muro, para o lado do caminho, um dos ramos todo cheio de figos brancos, tentadores.

E ficava a scismar n'um abatimento, n'uma fadiga que o opprimia e que tinha como prenuncio de curta duração. Não se enganava. No mesmo anno em que Claudio viera de Coimbra, o pae soffreu um ataque de grippe. Tinha ficado muito fraco; durante muitos dias arrastou-se pela lareira e pela sala, quasi sempre sentado, somnolento, caindo bastas vezes em prostração.

Eu não resisto a ir vêr a execução! exclamou o conego. Eu quero vêr com os meus olhos! E os tres padres então foram até á porta da cozinha. As senhoras estavam, em diante da lareira, batidas da luz violenta da fogueira que fazia destacar estranhamente as mantas d'agasalho de que se tinham coberto. A Ruça, de joelhos, soprava esfalfada.

«Sim, iriam concordava Manoela mas não , a primavera começara apenas, e a Ama-Rita bem sabia como eram ainda invernosos e frios esses mêses de primavera na terra. Oh, se sabia! Quantas noites enregeladas passara acalentando nos braços a sua menina; quantos dias fechada em casa porque a neve e o frio não dava licença, até maio, de se sahir da lareira...

Pois que mais quereis, meu Leonel? acudio alegremente o Sabedor, resplandecendo. Morte é esta para se contar em livros! E não tereis este inverno serão á lareira, por todos os solares de Minho a Douro, em que não volte a historia d'este Pego, e d'este feito! Olhae nosso primo Tructesindo Ramires!

Dir-se-hia que uma voz secreta o avisava de que aquelle facto extraordinario, apparentemente absurdo e inacreditavel, como tantos que a phantasia da gente das aldeias borda a capricho nas noites interminaveis do inverno, ao fogo da lareira, tinha relação intima com a sua triste historia, feita de amarguras e de esperanças perdidas.

Sonhava, e no sonho a imagem de Maria associava-se ás palpitações da natureza. O rio transfomára-se em alvas nuvens que pousavam sobre o seu leito apertadas na cinta de salgueiros; entre ellas, como uma apparição, em meio d'um nimbo de claridade vermelha e candente, uma cosinha pobre e uma rapariga curvada sobre a lareira ateando o lume que se erguia em labaredas fugidias.

Vergonha era, de feito, que estivesses fazendo teu passamento, com todo o repouso, deitado na çaga, em quanto eu, velha dona, espreito os mouros com meu sobrinho juncto desta lareira...." "Implacaveis sois vós outros, cavalleiros de Riba-Douro," respondeu o Lidador em voz sumida, "que não perdoaes uma palavra sem malicia.

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