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E, nas desabridas noites de invernia, entre as paredes fuliginosas dos donjons, ouvindo crepitar os grossos tóros de carvalho na lareira, tudo era arregalar os olhos deslumbrados para o rude homem de armas, que falava de êsses países longínquos como de um paraíso inegualavel, em que tudo fossem preciosíssimos brocados, joias scintilantes e palácios de mil côres, irreais como filigranas de cibórios!

As forjas onde concertavam caldeiras, tachos, bacias, toda a bateria de cobre da gente da villa e arredores, abriam-se n'um crepitar incandescente, mostravam boqueirões de fogo a lembrar infernos dantescos. As mulheres vendiam pannos, lenços, contas, tudo que podia seduzir a garridice feminina das boçaes aldeãs. Elles eram soberbos!

A noite tenebrosa, a noite dos horrores, Estendia feroz as suas negras cores Sobre a Europa abatida e sobre a terra inteira; Apenas o clarão sinistro da fogueira Illuminava a custo aquella triste scena; Sentia-se um rumor como o rugir da hyena, Havia um cheiro forte e acre e nauseabundo Subindo em espiraes pelo azul profundo; A carne a crepitar!.. Os gritos lancinantes!.. Como orgia infernal de velhos Corybantes!

Eu não sei se esta historia terá leitor tão mal aventurado, que não possua recordações e saudades associadas á noite de Natal, áquella festiva e abençoada noite, em que as ruas e os logares publicos se despovoam, e nos lares domesticos parece crepitar e scintillar o fogo mais acalentador do que nunca.

Havia mais disciplina, mais silencio commovedor, mais solemnidade, em summa. De vez em quando a grave quietude do ambiente era interrompida por uma descarga de fusilaria, a explosão d'uma granada ou o crepitar enervante das metralhadoras.

Julio Machado, fallando da extrema dedicação da esposa de Lopes de Mendonça, escreve com a mimosa delicadesa que lhe é peculiar: «Um dia, ultimamente, elle sorriu-lhe. Os medicos disseram que ia salvar-se talvez. Ia salvar-se, ia. Ia morrerNão havia o crepitar das chammas, porque d'aquella volcanica combustão restavam apenas as cinzas d'um cerebro; o sopro da morte espalhou-as.

E a noite, que orvalhou a bonina e acalmou os ramos agitados da floresta e adormeceu o rebanho e o seu pastor, que soltou mais clara a voz das águas e fez crescer a sombra da montanha, cingindo-a de grandeza e fortaleza, e compassiva veiu mansamente a resgatar de penas e trabalhos os vilares e casais afadigados, prostrados da canseira que o pão a noite, o arauto sagrado do silêncio, sua mística sérva e confiada, sentindo que uma chama infernal a prostitue e no seu crepitar a martirisa, chorou amargamente o desvairo infiel que, ultrajando o silêncio, o aborreceu na injúria que o trocou pelo rumor da cidade enlouquecida.

Eram os ultimos lampejos d'uma victoria ephemera. Mas a voz da patria, á hora do resgate, erguia-se mais alto que o crepitar das chammas no pendor das serras, que os lamentos dos velhos e das crianças que succumbiam á ultima carnificina da segunda invasão franceza.

«A vasta sala, despida de sanefas e de espelhos, com o cadaver sobre um panno, ao meio, tinha uma solemnidade lugubre que a assemelhava a um templo vasio: o choro da esposa e o crepitar das luzes eram os unicos sons que interrompiam a funebre quietação do aposento.

Quero ser a ilusão, a nuvem, a chimera, A divina alegria, a virgem Primavera Que nos desenha, além, n'um fundo escuro e frio, Doirada porta em flor aberta sobre o estio... Quero brilhar na luz e crepitar No fogo, e me perder em fumo pelo ar! Quero tecer os caules verdejantes E ser em rosa murcha orvalhos scintilantes.

Palavra Do Dia

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