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Atualizado: 25 de junho de 2025


E, nas desabridas noites de invernia, entre as paredes fuliginosas dos donjons, ouvindo crepitar os grossos tóros de carvalho na lareira, tudo era arregalar os olhos deslumbrados para o rude homem de armas, que falava de êsses países longínquos como de um paraíso inegualavel, em que tudo fossem preciosíssimos brocados, joias scintilantes e palácios de mil côres, irreais como filigranas de cibórios!

As forjas onde concertavam caldeiras, tachos, bacias, toda a bateria de cobre da gente da villa e arredores, abriam-se n'um crepitar incandescente, mostravam boqueirões de fogo a lembrar infernos dantescos. As mulheres vendiam pannos, lenços, contas, tudo que podia seduzir a garridice feminina das boçaes aldeãs. Elles eram soberbos!

A noite tenebrosa, a noite dos horrores, Estendia feroz as suas negras cores Sobre a Europa abatida e sobre a terra inteira; Apenas o clarão sinistro da fogueira Illuminava a custo aquella triste scena; Sentia-se um rumor como o rugir da hyena, Havia um cheiro forte e acre e nauseabundo Subindo em espiraes pelo azul profundo; A carne a crepitar!.. Os gritos lancinantes!.. Como orgia infernal de velhos Corybantes!

Eu não sei se esta historia terá leitor tão mal aventurado, que não possua recordações e saudades associadas á noite de Natal, áquella festiva e abençoada noite, em que as ruas e os logares publicos se despovoam, e nos lares domesticos parece crepitar e scintillar o fogo mais acalentador do que nunca.

Havia mais disciplina, mais silencio commovedor, mais solemnidade, em summa. De vez em quando a grave quietude do ambiente era interrompida por uma descarga de fusilaria, a explosão d'uma granada ou o crepitar enervante das metralhadoras.

Julio Machado, fallando da extrema dedicação da esposa de Lopes de Mendonça, escreve com a mimosa delicadesa que lhe é peculiar: «Um dia, ultimamente, elle sorriu-lhe. Os medicos disseram que ia salvar-se talvez. Ia salvar-se, ia. Ia morrerNão havia o crepitar das chammas, porque d'aquella volcanica combustão restavam apenas as cinzas d'um cerebro; o sopro da morte espalhou-as.

E a noite, que orvalhou a bonina e acalmou os ramos agitados da floresta e adormeceu o rebanho e o seu pastor, que soltou mais clara a voz das águas e fez crescer a sombra da montanha, cingindo-a de grandeza e fortaleza, e compassiva veiu mansamente a resgatar de penas e trabalhos os vilares e casais afadigados, prostrados da canseira que o pão a noite, o arauto sagrado do silêncio, sua mística sérva e confiada, sentindo que uma chama infernal a prostitue e no seu crepitar a martirisa, chorou amargamente o desvairo infiel que, ultrajando o silêncio, o aborreceu na injúria que o trocou pelo rumor da cidade enlouquecida.

Eram os ultimos lampejos d'uma victoria ephemera. Mas a voz da patria, á hora do resgate, erguia-se mais alto que o crepitar das chammas no pendor das serras, que os lamentos dos velhos e das crianças que succumbiam á ultima carnificina da segunda invasão franceza.

«A vasta sala, despida de sanefas e de espelhos, com o cadaver sobre um panno, ao meio, tinha uma solemnidade lugubre que a assemelhava a um templo vasio: o choro da esposa e o crepitar das luzes eram os unicos sons que interrompiam a funebre quietação do aposento.

Quero ser a ilusão, a nuvem, a chimera, A divina alegria, a virgem Primavera Que nos desenha, além, n'um fundo escuro e frio, Doirada porta em flor aberta sobre o estio... Quero brilhar na luz e crepitar No fogo, e me perder em fumo pelo ar! Quero tecer os caules verdejantes E ser em rosa murcha orvalhos scintilantes.

Palavra Do Dia

arreiaõ

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