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Por tanto da ventura, Para ti reservada, Te deixe o Ceo gozar perpetuamente; Porque sejas figura Da gloria avantajada Delle mesmo, e qu'em ti se represente; Porqu'em quanto sustente O ceo, o mar e a terra, Seus feitos milagrosos, Mysterios mais gloriosos, Com que a morte das almas nos desterra, Por onde em nossas almas Com mais pompas triumpha e com mais palmas, ....................... Goza, pois, longamente Teu venturoso fado, Da mãe do teu autor bem possuido: Qu'em ti, sempre contente De seu sublime estado, A alma dos seus alegra e o sentido.

Nesta florída terra, Leda, fresca e serena, Ledo e contente para mi vivia; Em paz com minha guerra, Glorioso co'a pena Que de tão bellos olhos procedia. D'hum dia em outro dia, O esperar m'enganava: Tempo longo passei; Com a vida folguei, porqu'em bem tamanho s'empregava. Mas que me presta ja, Que tão formosos olhos não os ha?

Porqu'em sentindo o mal, qu'eu sinto agora, Espero qu'algum'hora Faça o teu proprio mal de mi lembrar-te, Ja que não pôde o meu nunca abrandar-te. FRONDOSO. Mil annos de tormento me parece Cad'hora que sem ti, sem esperança Vivo de poder mais tornar a ver-te. A vida me tua lembrança; A vida sôbre tudo m'entristece; A vida antes perdêra, que perder-te. Perca, quem te perdeo, tambem a vida.

Quando vos eu via, Esse bem lograva, A vida estimava, Pois então vivia; Porque vos servia para vos ver. Ja que vos não vejo Para qu'he viver? Vivo sem razão, Porqu'em minha dor Não a poz Amor; Que inimigos são. Mui grande traição Me obriga a fazer Que viva, Senhora, Sem vos poder ver. Não me atrevo ja, Minha tão querida, A chamar-vos vida, Porque a tenho .

Pois os bens para ti todos nascêrão, Nascêrão para mi todos os danos, Logra tu tua gloria, eu meu tormento. Nenhum apartamento, Belisa, me fara deixar d'amar-te; Porqu'em nenhuma parte Poderás nunca estar sem mi hum'hora. Consente pois agora, Qu'em pago desta tão conhecida, Perca, quem te perdeo, tambem a vida.

Na ribeira de Buina, assi chamada, Celebrada, Porqu'em prados Esmaltados Com frescura De verdura, Assi se mostra amena, assi graciosa, Qu'excede a qualquer outra mais formosa; As correntes se vem, que acceleradas, As hervas regalando e as boninas, Se vão a entrar nas ágoas Neptuninas, Por diversas ribeiras derivadas.

Mas ja que tudo isto vemos, Hajão festas de prazer, As que melhor possão ser; Porqu'em tão grandes extremos, Extremos se hão de fazer. Hajão cantos para ouvir, Jogos, prazeres sem fundo; Porque, se quereis sentir, Deste modo entrou o mundo, E assi ha de sahir. Aqui vem os Musicos e cántão, e depois de cantarem, sahem-se todas as figuras, e diz

E se este gôsto sobejo De minha dor me sentistes, Julgae quanto mais desejo As horas que vos não vejo, Que os dias em que me vistes. O tempo, qu'he desigual, De seccos, verdes vos tem; Porqu'em vosso natural Se muda o mal para o bem, Mas o meu para mor mal. Se perguntais, verdes prados, Pelos tempos differentes Que de Amor me forão dados, Tristes, aqui são presentes, Alegres, ja são passados.

Senhora, desque a ventura Me quiz dar-vos por mulher, Me sinto emmeninecer; Porqu'em vossa formosura Perde a velhice seu ser. Hum homem velho, cansado, Não tẽe fôrça, nem vigor, Para em si sentir amor: Se não he qu'estou mudado Com ser vosso n'outra côr. Muito grande dita tem A mulher que he formosa. Senhor, grande: mas porém Se a tal he virtuosa, Quer-lhe a ventura mor bem.

Qu'eu por ter, formosa Dama, A doença, qu'em vós vejo, Vos confesso, que desejo De cahir comvosco em cama. Se consentis, que me vença Deste mal, não houve gente Da saude tão contente, Como eu serei da doença. Olhae que dura sentença Foi amor dar contra mi! Que porqu'em vós me perdi, Em vós me busque a doença.

Palavra Do Dia

alindada

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