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Somente as que podião Estes males curar, pois os causavão, O ouvido lhes negavão, Por perderem de todo a esperança: Mas elles, que mudança D'amor com tantos damnos não fazião, Com ellas fallando inda, assi dizião: FRONDOSO. Isto he o que aquella verdadeira , com que t'amei sempre, merecia, Sem nunca te deixar hum momento? Não vias meu tormento? Não vias tu a , com que t'amava?

Na manhã seguinte, no oasis, andava eu passeando ao comprido d'uma fresca ribeira que o banha, quando de repente, n'um frondoso outeiro á sombra de figueiras, com a fachada voltada para a corrente vejo uma confortavel cabana, construida á maneira cafre, mas com uma porta, uma porta de madeira, em vez do costumado buraco redondo.

E no tronco de huma árvore estara, N'huma rude cortiça pendurado Escripto co'huma fouce, e assi dirá: Almeno fui, pastor de manso gado, Em quanto o consentio minha ventura, De Nymphas e pastores celebrado. Se algum dia, por caso, na 'spessura Se perder o amor e a affeição, Tirem a pedra desta sepultura, E em figura de cinza os acharão. FRONDOSO e DURIANO.

D. Inigo volveu os olhos: um jumento silvestre pascia na orla da clareira juncto de um frondoso carvalho. "Tarik! gritou o mancebo Tarik!" Mas Tarik ía avante e não escutava. "Ai, deixa-o correr, meu filho! Não é para o teu mastim levar a melhor desse onagro." Isto dizia uma voz que, em cima no alto da penha, começou de soar.

Oh cruel! até quando Ha de durar em ti tal pensamento, E a vida em mi, que soffre tal tormento? FRONDOSO. Fugiste d'hum amor tão conhecido, Fugiste d'huma tão clara e firme; E seguiste a quem nunca conheceste, Não por fugir d'amor, mas por fugir-me; Pois bem vês, quanto eu tinha merecido Esse amor que tu a outro concedeste.

Diz qu'em huma beldade, Em quem mostrou o cabo a natureza, Não ha tanta crueza, Qu'hum tão constante amor desprezar queira, E tão verdadeira; Mas tu, que de razão jamais curaste, Porqu'era dar-me a vida, ma tiraste. FRONDOSO. A quem, Belisa ingrata, t'entregaste? A quem déste, cruel, a formosura, Qu'a meu tormento , se devia? Porqu'huma deixaste, firme e pura?

FRONDOSO. A mi não me faltava o que se preza Entre os celestes deoses, que formárão A tua mais que humana formosura: Em mi os voluntarios ceos faltárão; Em mi se perverteo a natureza D'huma cruel formosa creatura. Mas, pois, Belisa dura, Que do mais alto ceo a nós vieste, E em teu peito celeste Hum tal contrário pôde aposentar-se, Não he contrário achar-se Tamanha tão mal agradecida.

E este, que tão frondoso opáca os valles, ¿por que o rodeia um bando taciturno dos fortes de Galaad? as suas armas jazem quebradas; sua dor vai funda; dos olhos tristes para o ceo voltados pelo rosto amarello lhes escorre grosso pranto, que alaga as f'ridas frescas. Choram Saul, e a régia descendencia, que mortos no combate aqui descançam.

Porqu'em sentindo o mal, qu'eu sinto agora, Espero qu'algum'hora Faça o teu proprio mal de mi lembrar-te, Ja que não pôde o meu nunca abrandar-te. FRONDOSO. Mil annos de tormento me parece Cad'hora que sem ti, sem esperança Vivo de poder mais tornar a ver-te. A vida me tua lembrança; A vida sôbre tudo m'entristece; A vida antes perdêra, que perder-te. Perca, quem te perdeo, tambem a vida.

FRONDOSO. E pois verdadeira, amor perfeito, Tormento desigual e vida triste, Junta com hum contino soffrimento, E hum mal, em que o mal todo, emfim, consiste, Não puderão mover teu duro peito A mostrares sequer contentamento De ver o meu tormento; Antes tudo soberba desprezaste, E a outrem t'entregaste Por nada me ficar em qu'esperasse, Senão quando acabasse A vida, a pezar meu, ja tão comprida, Perca, quem te perdeo, tambem a vida.

Palavra Do Dia

alindada

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