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Chegou o mensageiro ao escriptorio de Domingos Leite, no palacio do conselheiro de estado, terminado o praso prescripto, e começou dizendo, com solemnidade e tristeza, coisas singulares e raras no seu caracter: Achei-o. Morava em Alfama, e tem loja de mercearia. Bem! exclamou Leite Pereira com um tregeito de ficticia alegria que poderia egualmente significar a angustia de uma noticia dilacerante.

Mais tarde ainda, em França, a bacchanal do segundo imperio que cahiu humilhado em Sedan, encontrou a sátira dilacerante de Victor Hugo, a audacia firme de Rochefort e, sobretudo, a irreverente musica de Offenback.

Oh! quando nenhum ente vivo, n'algum logar do mundo, não podér imputar-me seus soffrimentos, tende então piedade de mim, meu Deus! E todas as almas peccadoras, unindo-se em um brado de misericordia, repetiram juntas, das reconditas profundezas: Tende piedade de mim! Tende piedade de mim! Esta supplica em commum era a um tempo tão suave e dilacerante que eu imaginei que o ceo se abriria.

Sob a pressão dos dedos sentiu a dureza dos ganglios enfartados por detraz das orelhas. Tens humores frios, filho! exclamou ella com uma voz dilacerante. Doe-te? As duas crianças, ao verem a cara assustada e afflictiva da mãe, desataram ambas uma risada. Não doe nada, não, minha mãe asseverava elle.

Tristezas quasi inconscientes do exilio, nostalgias de ave friorenta, visões vagas, indistinctas, radiosas da patria ausente; desgostos de ordem muito particular, e a pairar sobre tudo isto, uma impressão dolorosa, indefenivel, que nem aos mais queridos elle confessava, mas que ungia de tristeza ineffavel os seus versos, que punha aqui e ali uma nota abafada e dilacerante na harmonia magistral da sua obra, eis a triplice inspiração, que deu uma vida intensa ao seu primeiro livro, ao livro da sua mocidade, que tão querido lhe tornou logo o nome aos delicados de ambos os sexos.

Mas n'esta saudade dilacerante que me punge, quantas compensações supremas eu não encontro! Entrego-te ao teu noivo, tão candida, tão ignorante do mal como deviam ser todas as creanças da tua edade, que tivessem mãe, que n'ellas pensasse e por ellas vivesse!

Quanta saudade de mãe amargurada, que ao deitar a sua carta na caixa sentirá a mesma impressão dilacerante de lançar com ella o coração!... Quanto conselho de pae, martelado a soluços!... Quanto desespero de namorada confiando ao acaso das viagens o seu pobre amôr feito em frangalhos!... Quanta tristeza n'uma phrase em que se pergunta pelo anjinho, que se viu nascer e que longe cresce e se faz sabio, sem que os nossos olhos o envolvam de caricias!... Quanto beijo dado no vacuo; quantos braços estendidos a pedir soccorro, cahindo inertes sem ter que abraçar!

Ha nas paginas d'ella a estridula alegria victoriosa das auroras escarlates; a languidez voluptuosa e electrica do meio dia abrasado, quando uma sêde infinita contorce em espasmos de febre tudo que respira e vive; a tristeza, dilacerante e intensa como um adeus, da hora do crepusculo; a immensa paz cariciosa, protectora e calmante, das silenciosas noites!...

Se posso entrar, ajoelho, chamo-a a testemunhar as minhas ancias, e retiro-me d'alli gelado pela dúvida, gelado como a pedra que a separa dos vivos, gelado como o cadaver, que se move impellido por não sei que mão fatal que me não deixa resvalar no meu abysmo! Sou bem desgraçado, não é assim? Muito! Este meu viver é alguma cousa mais dilacerante que a dôr.

Por sua vontade tinham ficado todos na residencia e os taes francezes que apparecessem!... Subito, interrompendo uma historia que elle ia contando aos da frente, um grito sahiu dilacerante d'uma bocca contorcida. Todos pararam ânsiados, voltando a cabeça para traz.

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