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Ora agora fica sabendo que na quinta do Cruzeiro, desde tempos immemoriaes, encontra asylo quem ahi se acolher. Mas o senhor sabe que a lei pune a quem der escondrijo a um refractario. Parece-me que um doutor não póde deixar de saber estas coisas. A lei diz muita coisa, que todos nós sabemos; mas deixa a lei, que está quieta. Mas se o snr. administrador ordenar uma busca na casa...

Adeus, Ricardo. A Chimica subterranea espera a minha alma. Vou mineralisar-me. Levo apenas, como saudade, uma flecha de luz reflexa do nosso passado, que me não deixa ir contente ao meu destino de azote, amoniaco e outros gazes.

Se todavia para traduzir lord Byron de nada mais se carecesse que de estar profundamente penetrado das extraordinarias e sublimes bellezas com que este filho da immortalidade abrilhantou suas obras, então nos lisonjeariamos de apresentar a nossos leitores uma copia digna do original, e preciosa para elles. Este orgulho se deixa ver bem claro no Childe Harold's Pilgrimage, cant.

Recusar admittir que o servo da gleba podesse separar-se do cultivo da mesma gleba para se empregar de outro modo no serviço do senhor, não é negar o passado; é negar o presente. O camponês russo é servo da gleba, e nem por isso deixa de separar-se della para exercer outros misteres. O que não pode é ser vendido como os brutos.

Seus troncos varonis recordam-me pilastras; E algumas, á cabeça, embalam nas canastras Os filhos que depois naufragam nas tormentas, Descalças! Nas descargas de carvão, Desde manhã á noite, a bórdo das fragatas; E apinham-se n'um bairro aonde miam gatas, E o peixe pôdre géra os focos de infecção! Toca-se as grades, nas cadeias. Som Que mortifica e deixa umas loucuras mansas!

Pois tambem não ha magico na terra que saiba dizer se tu chegarás a vencer o seu coração de modo que te julgues tão poderosa, tão senhora do mundo como o imperador, e por feitio que sejas tão ambiciosa como elle, que não deixa palmo de terra a ninguem!... Interrompeu-lhe este intimo monologo uma contração do ferido, que balbuciou monosyllabos. Sonha! pensou ella e quem sabe o que sonha?

Tu destróes em parte o meu desgosto; Mas não consegues ver-me enchuto o rosto: Não: fazer que esta setta não me fira, póde o meu Pastor. Ah! Quem o víra! pódem os seus olhos engraçados Dar vista aos meus cégos, e cançados. Mas temendo o rancor de Polyfemo, As proprias sombras dessas plantas temo. Do triste Polyfemo o rancor deixa: Tu foste a causa, e de ti te queixa. GALAT

A arte não é isto! a mentira é uma perversidade de morte, principalmente no que toca ao sentimento, que não discute, mas se deixa impressionar sómente. Não é assim que se é pontifice das letras.

O resultado é que vamos atravessando um periodo de transição e que a historia não poderá nunca registrar esta época, senão como um facto accessorio da vida portugueza. E, cousa singular! a causa, que tão poderosamente actua nos nossos costumes e na nossa vida nacional, é a mesma que, passando por cima da Hespanha nem sequer vestigios deixa da sua passagem.

E acrescentou depois, olhando, ao longe, Chimericos esbôços de montanhas, Cêrros d'além do mundo, nevoas mortas, A Saudade alongando-se em Paisagem: "Todas as cousas êrmas que o crepusculo Deixa entrevêr, são cantos que eu cantei; Pousaram, por instantes, na minh'alma...