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Tenho aqui no seio uma ulcera que não tem cura... choro, porque é intensa a dôr que ella me causa... mas, olha, não tenho lagrimas que não sejam remorsos... não tenho remorsos que não sejam picados pela affronta que fiz a minha mãi, e a meu irmão... Não me doe o meu proprio aviltamento, não!

Se ella está demente, de que serve este triste remedio?! dizia soror Rufina Eu vou verter-lhe fel na chaga do coração, e nem posso ao menos contar com a intelligencia d'ella para lhe faltar á razão! Se Deus a chamasse a si, que maior felicidade lhe poderia eu desejar! Minha filha! murmurou ella, aconchegando-a ao seio Tu não me conheces? Sou a tua boa tia, a melhor das tuas amigas. A tua dor me dóe tambem, Carlota.

Na verdade, emquanto habitou esse mundo de torpezas é que necessitava compensação da violencia imposta ás suas tendencias e caracter, e compensação não alcançou. «Céu livre, terra livre, e livre a mente, Paz intima, e saudade mas saudade Que não dóe, que não mirra e que consola São as riquezas do ermo, onde sorriem Das procellas do mundo os que o deixaram» .

A bebados ouvira que viria Uma gente de copo tão estranha, Pela charneca, a qual esgotaria Tudo quanto Louredo e Lagem banha; E com beberes novos venceria A todos os famosos d'Allemanha. Altamente lhe dóe perder a gloria Na taça em que de todos tem victoria. que de Evora teve sogigado Os bebados e o vinho, e nunca caso Lhe tirou por insigne ser louvado dos imigos d'agoa do Parnaso.

Pois é isso mesmo o que mais me doe. O bravo cinco! Um batalhão degredado para aqui pela sua firmeza, quando até o famoso dezoito de infanteria, unico que não fôra á Villafrancada, se bandeou, depois de ter recebido, n'essa hora tragica, um exemplar da constituição confiado á sua guarda, e de ter jurado morrer pela liberdade! O cinco, o bravo cinco!

Aquelles quatro tostões foram sementes de seara nova do meu espirito, e os beneficos resultados da semeadura milagrosa estou-os sentindo, porque olho desdenhoso para tudo que me cerca, porque vendi o Diccionario de Moraes que me obstruia a meza do trabalho, porque estou com vontade de trocar os nomes ás coisas, e me doe o pescoço de olhar para cima onde ha montanhas de luz, e aonde o vocabulario é ad libitum de quem falla.

A minha agonia provém do meu orgulho; é um golpe que dóe sempre, eternamente, que me faz ser máo, vingativo, e me força para esmagar os outros. Em mim o orgulho é o movel de todos os grandes sentimentos, é elle que me pôde fazer mais do que homem.

Custa-me tanto morrer!... Dizem que os cobardes é que se matam. E eu acho que é preciso ter animo, muito animo! Mas está decidido. Vou morrer enforcado... Dizem que não doe nada... Mas morrer! Quem foi que disse que não doe? Aqui está a corda. Exactamente do tamanho preciso para que, de manhã, quando ella abrir a janella, me veja pendurado, em frente dos seus olhos, na biqueira do meu telhado.

Farta-me a bolsa; e se queres Ver tambem minha alma farta, Manda riquezas de Athenas Embrulhadas n'outra Carta. Offerecendo hum Perum em caza, aonde todos os Domingos davão ao A. este prato. Senhora, tambem hum dia Entrarei co'a frente erguida; Não serei na vossa meza Dependente toda a vida; Nem sempre abatido pejo Dirá nesta cara feia Quanto doe a hum peito altivo Matar fome em caza alheia;

Mas deixae que uma lagrima sincera Possam os olhos dar, olhando-a, á terra De onde a primeira vez aos céos se foram. Sim, vêr-te, Portugal! eu chóro ao ver-te!... Como ao Leão gigante do Occidente Lhe cáe a garra, e em nada se converte!... Não é isto o que eu chóro: o que me dóe,

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