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Se porém, á falta de termos, sempre lhe quizessem chamar pallida, deviam acrescentar, que era de uma pallidez, através da qual se presentia o sangue cheio de vida, que ás vezes a transformava na diffusa côr de rosa de um rosto de creança; os cabellos que, por um ondado natural, se erguiam levemente no alto da fronte, vacillavam entre o negro e o castanho escuro; os olhos, sim, esses eram negros devéras, e, qualidade bem rara em olhos! de uma discrição impenetravel.

No XIII seculo, a colorisação teve, na pintura decorativa, as mesmas transformações que na pintura historica e legendaria. Nos edificios romans, em que as janellas eram relativamente pequenas e envidraçadas as mais das vezes com vidros brancos ou muito claros, a luz diffusa e pouco dilatada dos fundos podia-se usar para a pintura decorativa, de tons brilhantes e brandos ao mesmo tempo; porém, quando, no XIII seculo, os vãos das janellas se alargaram e tiveram vidraças extremamente coloridas, esses tons suaves ficaram inteiramente sumidos pela intensidade da colorisação das novas vidraças. O azul e o encarnado, entrando com maior emprego na composição das vidraças pintadas, davam um aspecto turvo aos tons claros e terreos ás pinturas: os verdes, por exemplo, ficavam pardos e baços; os brancos, e em geral todos os tons claros, ficavam estriados. Com os vidros coloridos, foi preciso necessariamente mudar a gamma de colorisação das pinturas muraes, fazendo uso de tons brilhantes e fortes. Além d'isso, os tons, para terem toda a sua apparencia, devem ser acompanhados e contornados com traços pretos.

Mas a esse tempo o barão tambem se habituára á luz diffusa, comprehendera tambem, e largando-me o braço, com uma exclamação, ficou a meu lado, quedo, arripiado, limpando o suor que lhe cobrira a testa. A pobre Fulata, essa, dava gritos, agarrada ao pescoço de John. E Gagula triumphava, com sinistra zombaria. O que tinhamos, com effeito, ante os olhos apavorados, era terrivel.

Minha alma vôou pelo espaço, até perder a terra de vista, deixando muito abaixo a lua, as estrellas e o sol; penetrou finalmente n'um espaço em que não havia mais nada, e era clareado tão sómente por uma luz diffusa. Continuei a subir, e comecei a ver um pontinho mais luminoso ao longe, muito longe. O ponto cresceu, fez-se sol. Fui por alli dentro, sem arder, porque as almas são incombustiveis.

Monsenhor Caldas começou a suar frio. No fim de alguns segundos, José Maria parou, sentou-se, e reatou a narração, agora mais diffusa, mais derramada, evidentemente mais delirante. Contava os sustos em que vivia, desgostos e desconfianças. Não podia comer um figo ás dentadas, como outr'ora; o receio do bicho diminuia-lhe o sabor.

Contou-lhe então uma historia diffusa que ia forjando laboriosamente, segundo as sensações que imaginava vêr na face pasmada do sineiro. A rapariga desgostára-se da vida, com as desavenças que tivera com o noivo. Que queria o tio Esguelhas?... Impiedade, alheismo do tempo!

A marqueza, se eu não quizera chamar-lhe a tradição viva, a imagem da luz diffusa, que se vai immergindo no oceano das nossas tradições heraldicas, e dos brasões esculpidos nas abobadas dos paços de Cintra, seria, ainda assim, um reflexo da bondade divina.

Escrevo perturbo-me de vêr o bico da minha penna Ser o perfil do rei Cheops... De repente paro... Escureceu tudo... Caio por um abysmo feito de tempo... Estou soterrado sob as pyramides a escrever versos á luz clara d'este candieiro E todo o Egypto me esmaga de alto atravez dos traços que faço com a penna... Ouço a Esphynge rir por dentro O som da minha penna a correr no papel... Atravessa o eu não poder vel-a uma mão enorme, Varre tudo para o canto do tecto que fica por detraz de mim, E sobre o papel onde escrevo, entre elle e a penna que escreve Jaz o cadaver do rei Cheops, olhando-me com olhos muito abertos, E entre os nossos olhares que se cruzam corre o Nilo E uma alegria de barcos embandeirados erra Numa diagonal diffusa Entre mim e o que eu penso...

Nos escuros terraços, em baixo, uma fórma branca movendo-se por vezes, de leve, mostrava que outras creaturas estavam alli, como nós, deixando a alma embeber-se mudamente no esplendor sideral: e n'esta diffusa religiosidade, igual á d'uma multidão pasmando para os lumes d'um altar-mór, eu sentia subir aos labios irresistivelmente a doçura d'uma Ave-Maria... Ao longe o mar dormia.

A nada o posso comparar melhor do que ao interior de uma immensa cathedral, uma cathedral de sonho ou de lenda, sem janellas, alumiada por uma luz diffusa e mysteriosa que parecia cahir das alturas da abobada. Ao comprido d'esta vasta nave, como na nave de um verdadeiro templo, corriam renques de gigantescas columnas, d'uma côr algida de gêlo e de magnifica belleza.

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