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Com meus proprios olhos vi os diamantes sem conto amontoados n'um subterraneo que era o deposito dos thesouros de Salomão, e que fica por traz d'uma figura da Morte. Mas por traição de Gagula, a feiticeira dos Kakuanas, nada pude trazer, apenas a vida!

E no limiar da porta, estava, cahido no chão um pequeno saco de couro que parecia cheio de seixos! Então, brancos, que vos disse eu? ganiu Gagula em triumpho, brandindo a lampada. Olhai bem! Ahi tendes o saco que o homem deixou cahir! Ahi está ainda, desde gerações! Que vos disse eu? John ergueu o saco. Era pesado e tinia. Santo Deus! Está cheio de brilhantes! balbuciou elle quasi com medo.

O medonho Scragga teve uma risada bestial: Como ella treme, como ella treme diante da minha força! Ah canalha, se te apanho a geito! rosnou o capitão, apertando na mão o rewolver. No emtanto Gagula, com atroz zombaria, animava a desgraçada: Socega! Dize o teu nome. Vem, filha! Não temas! Oh mãe! balbuciou a pobre creatura entre soluços, n'uma voz que desfallecia. Oh mãe!

Não te lembras, Ignosi, que nas montanhas, na caverna de gelo, encontramos nós, petrificado, esse homem branco? Muito bem me lembro. Por isso vou mandar chamar Gagula, e ordenar-lhe, sob pena de morrer, que vos leve á camara secreta, meus amigos... E as riquezas que encontrardes, oh meus amigos, são vossas!

Foi então que Gagula, a mulher que tudo sabe e que não morre, rompeu a dizer que os males todos provinham de que Imotú reinava sem ser rei. Imotú a esse tempo estava doente na sua cubata, com uma ferida. Começou a correr um clamor entre o povo.

Gagula resistia ao pavor: Vai passar, vai passar! uivava ella. Eu vi o sol assim. Ninguem o póde apagar. Ficai quietos! Socegai! A sombra vem e vai... Eu vi, eu que sou a mais velha, e conheço os segredos! Eu por mim animava os companheiros: , rapazes! não sei que hei de dizer ao sol. Veja se se lembra de alguns versos, barão. Tudo serve, até pragas!

Entrei a porta egypcia e achei-me n'um corredor inclinado, todo de abobada, horrivelmente negro. A lampada de Gagula esmorecia. O bater do seu cajado dava um echo lugubre. E a meu pezar parei, dominado por um presentimento de desastre e de morte. Para diante! para diante! murmurou John, que trazia Fulata agarrada pela mão. Com um esforço desesperado venci o receio, alarguei o passo.

Que nome é o teu, linda moça? ganiu a horrivel Gagula. Não respondes? Queres que o filho do rei tenha de erguer a lança, sem saber quem tu sejas? A isto, Scragga deu um salto com sofreguidão, alçando a sua immensa azagaia. Vendo o ferro luzir, a pobre rapariga cessou toda a lucta entre as mãos fortes dos guardas. E com grandes lagrimas que lhe cahiam, ficou toda, toda a tremer.

Outr'ora veio um homem, encheu um saco d'essas pedras brilhantes, e uma grande desgraça cahiu sobre elle! E foi uma mulher que o levou, e que se chamava Gagula. Talvez fosse eu! Talvez fosse minha mãe! Ou a mãe de minha mãe! Quem sabe? Será uma alegre jornada... Eu hei de ir, e hei de rir! Vinde, homens brancos, vinde!

Um grande susurro de terror agitava a multidão. Volvi então a fallar kakuana, livremente: tu, oh rei! tu, Gagula! Vêde vós, oh chefes! Mentem então os homens das estrellas?