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Tu, uma rapariga delicada, de educação, de gosto, de sentimentos elevados, casares-te com um rustico, com um rapaz que quando muito saberá escrever o seu nome! com o filho da Anna, com o snr. regedor! Isso não tem geito nenhum. Isso é um disparate de tal ordem!... Quem foi que se lembrou de tal?! Clemente pediu-me a meu pae... E teu pae concedeu? Coisas do Thomé a final.
A morgada de Soutello, D. Maria Helena Alvares Moniz e Sá de Pamplona, tinha sessenta anos, gastos em viagens pias, devoções e os maiores cuidados com a saude e instrucção duma filha, rapariga interessante, segundo Peregrina. A velha fidalga era senhora de poucas letras, conforme o uso antigo nas pessoas da sua prosapia. Tinha, contudo, maneiras distinctas, que a absolviam das poucas letras.
Não é sem perigo que a imaginação de uma rapariga como Bertha se entrega ao estudo de um caracter de rapaz, como o de Jorge, que lucra sempre em ser estudado e conhecido.
E, levantando-se, abriu a rotula e fel-o entrar. Qualquer outro homem ficaria alvoroçado de esperanças, tão francas eram as maneiras da rapariga; podia ser que a velha se enganasse ou mentisse; podia ser mesmo que a cantiga do mascate estivesse acabada.
Não sei se a moçoila viu archanjos, serafins, e brizas, e raios de lua a pratear lagos d'anil. O que eu sei é que a boa da rapariga achava que eram pouco os olhos da cara para vêr o snr. Manoel Pires, que, diga-se a verdade, não era sceptico, nem carpia tristezas por deshoras ao som do murmurar saudoso do sujo regato que lhe passava á porta.
Ella tinha desculpa, dizia. Uma rapariga nova, sem experiencia do mundo, não podia calcular o que se pensaria no meio d'aquella gente que morre por dizer mal e, quando não tem que dizer, inventa. Mas elle!... Um infame!
Oh! não! Desculpe-me dizer-lhe que tem bondade de mais. Da rapariga não digo nada; a velha mesmo, passa; mas o chefe?
Os soldados estacaram. E Scragga ficou diante de nós, com a lança erguida no ar, como uma figura de pedra. Mas Gagula erguera-se, sacudindo os braços com furor: Ouvi, ouvi o grande mentiroso, que diz que apaga o sol como um lume da terra! Pois que o faça, e a rapariga irá livre para a sua morada!
Pelos arrepiados nervos do Silveira uma branda emoção correu, mixto fundente de orgulho e de prazer, de fatuidade e de ternura. Sentiu-se quebrado, preso... Atingiu-o em cheio na alma a ingénua confissão, a doçura sentimental da rapariga. Naquela tarde havia uma reùnião de acionistas da tal Sociedade Internacional de Seguros, e êle ia agora
Foi n'uma d'essas tardes, emquanto passeava d'um ao outro extremo da sala, em frente do boticario a jogar as damas com o recebedor, que, n'um momento em que assomou á porta, viu passar uma rapariga loira, alta, reforçada e agil, cantaro á cabeça, a caminho da fonte. Quem é? perguntou ao boticario. Que linda cousa!
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