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Durante a noite um magote de populares, engrossado pelos criados da morgada, bateu ao portão da quinta. Ao primeiro chamamento não respondeu ninguem; ao segundo assomou a uma das janellas a cabeça silicosa do padre capellão. Pão e vinho! gritou a turba. Não está a senhora morgada, tartamudeou o reverendo.

Verdade seja que a Senhora Condessa, sabendo o amôr que a velha prima dedicava á afilhada e a docilidade e o desinteresse com que ella a servira e cuidara até ao fim, ofereceu-lhe o logar de sua criada de quarto e obrigou o marido a pôr em seu nome algumas propriedades arredadas ou a arbitrar-lhe o seu valôr em dinheiro, coisa duns cem mil réis, para os seus alfinetes, o que a tornaria na aldeia uma pequena morgada.

«Mas porque não fugiram? Para que se sujeitaram a essa lei odiosa?! «Porque elle era o pai. E os filhos não podem ir contra as suas ordens terminantes. Sugeitou-se, sacrificou-se, pela felicidade paterna. Mas... pouco tempo depois a nova morgada, apesar de rica, autoritaria e feliz, não poude resistir á fatalidade.

Os cavalleiros apearam, subiram ao sobrado da estalagem e pediram almoço. José de Barredo proseguiu, atando o fio com as palavras de D. Maria. Eu sou a sua amiga da infancia! clamou ella Sou Maria Cabral, morgada de Carrazedo!

Decididamente é de maravilhas esta casa; o povo tem razão. A morgada defuncta foi decerto quem se encarregou de fazer os convites.

Ora, viram? acudia outra. Como vae para o meio das moças, o tio Simão enfeitou-se que nem um altar-mór! Hoje deita os rapazes todos a um canto! Olha, véstia nova, hein?! E emquanto lhe diziam isto, uma ageitava-lhe a gola da jaqueta, outra laçava-lhe o lenço do pescoço!... Quando conseguiu que ellas o ouvissem, o velhinho respondeu: Digam vocês á sr.^a morgada que hoje não vou .

Conduzi-as á sala, e ahi D. Maria, com os olhos desfeitos em lagrimas, e muito embaciados, entrou a olhar-me, e a tremer, até que, expedindo um grande ai, se lançou nos meus braços, clamando: «eu sou a sua amiga da infancia, sou Maria Cabral, morgada de CarrazedoN'este ponto da narrativa, pararam os arreeiros á porta da estalagem de Thomar.

Alvaro de Abreu que me não desmente. O invocado respondeu grunhindo: Hum. Alvaro de Abreu. E, fitando-o, esperava resposta, que não logrou. Acabou-se! interveio o abbade com aguas passadas não móem moinhos... Diz bem, sr. abbade applaudiu a morgada velha. Não se falle mais n'isso.

Assim que o sol lhe bateu no postigo que era ao meio dia que tinha logar a visita o Simão enfiou a jaqueta melhor que tinha, pegou no cajado a que se arrimava, chamou pelo Fiel, deu volta á chave e encaminhou-se para a residencia da morgada. Quando ia a poisar o na primeira pedra, viu o Fiel, que ia na frente, resvalar na pedra escorregadia, e cair ao rio!

A morgada viu então o que era o minuete da côrte, e certos jogos de prendas com que os intervallos n'aquelles tempos, se aligeiravam em delicias, sem fadiga do corpo, nem desagrado da moral. Mas, de agitada que estava, Thereza não compartia do gôso dos seus hospedes.