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Esbatia seus enleios um resplendor de sol, que espectrava riquezas e caprichos de tom: era a minha bemquerença, a Bondade, eu propria, desfeita em luz a aquecer aquelles amores, banhando-os de goso divino. Indifferente aos grandes nadas do mundo os que geralmente enchem as canseiras dos semelhantes, perturbo-me ao menor symptoma dum grande soffrimento.

Se o olhar cai nas mãos, desenham-se destinos como arabescos... Abro os braços, mas em vão, e ergo-me de mim com vestes de comoção! Resta-me contemplar pela noite que inundo de mim, pendido sobre a aparencia do mundo. Minha sombra exilada esculto-a na doçura! Perturbo-me de Deus nos braços da Ternura! Sinto que a minha voz atravessou Deus!... Cresço sobre mim, ó noite em delirio! Adeus!

Escrevo perturbo-me de vêr o bico da minha penna Ser o perfil do rei Cheops... De repente paro... Escureceu tudo... Caio por um abysmo feito de tempo... Estou soterrado sob as pyramides a escrever versos á luz clara d'este candieiro E todo o Egypto me esmaga de alto atravez dos traços que faço com a penna... Ouço a Esphynge rir por dentro O som da minha penna a correr no papel... Atravessa o eu não poder vel-a uma mão enorme, Varre tudo para o canto do tecto que fica por detraz de mim, E sobre o papel onde escrevo, entre elle e a penna que escreve Jaz o cadaver do rei Cheops, olhando-me com olhos muito abertos, E entre os nossos olhares que se cruzam corre o Nilo E uma alegria de barcos embandeirados erra Numa diagonal diffusa Entre mim e o que eu penso...

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