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Pelos seus trabalhos literários muito que formara a opinião de que ele se podia alistar sem desdouro ao lado do Conde de Ficalho, de Fialho de Almeida e de Teixeira de Queirós que, no meu parecer, são, em Portugal, os mais distintos escritores contemporâneos deste género, na aparência tão ligeiro, mas no fundo tão complexo e difícil, a que se denomina: Contos.

Receio o teu encontro, pobre Mãe, Com o retrato de teu Filho. Vaes Contemplar suas formas materiaes, O que pertence á morte e a mais ninguem... Mas para que exaltar ainda mais Aquela dôr que é do mundo? Tem Paciencia. Não o vejas. Olha bem: De que servem as lagrimas e os ais?... Essa dôr não a ames, que é profana. Sim: não adores nele a forma humana, A ilusoria aparencia, o sonho vão...

Meu perfil sua dôr! me reflicto e não me vejo no torpor da agua que abana o tempo... ai, o tempo é a voz com que se acorda o medo escultura de nós na distancia... Em rumor, na agua, vago demencia e durmo de Beleza ao collo da Aparencia, que foge como esta agua e este tempo a correr... Marulhar de mim no fundo do meu ser... as mãos sabem ter o ar de sonhos contin'os... Ai!

Lembro-me de Deus, do Transcendental da vida, e de repente A velha voz do marinheiro inglez Jim Barns, com quem eu falava, Tornada voz das ternuras misteriosas dentro de mim, das pequenas cousas de regaço de mãe e de fita de cabelo de irmã, Mas estupendamente vinda de além da aparência das cousas, A Voz surda e remota tornada A Voz Absoluta, a Voz Sem Bôca, Vinda de sobre e de dentro da solidão nocturna dos mares, Chama por mim, chama por mim, chama por mim...

O convento ia-se despovoando a pouco e pouco, como que tornando-se maior, á medida que as vélhinhas, uma a uma, iam sahindo, para não mais voltar, a tomar o seu modesto logar no cemiterio público. Manoela era agora a cabeça que por todos pensava, a alma e a energia que sustentava aquelle resto de vida conventual, dando-lhe uma aparencia de cohesão, que não tinha.

24 "Isto fazem os Reis quando embebidos Nüa aparência branda que os contenta Dão os prémios, de Aiace merecidos, À língua de Ulisses, fraudulenta. Mas vingo-me: que os bens mal repartidos Por quem doces sombras apresenta, Se não os dão a sábios cavaleiros, Dão-os logo a avarentos lisonjeiros.

Os caſos vi que os rudos marinheiros Que tem por meſtra a longa experiencia, Contão por certos ſempre & verdadeiros Iulgando as couſas ſo polla aparencia. E que os que tem juizos mais inteiros Que ſo por puro engenho & por ciencia, Vem do mundo, os ſegredos eſcondidos Iulgão por falſos, ou mal entendidos.

31 "Bem nos mostra a divina Providência Destes portos a pouca segurança; Bem claro temos visto na aparência, Que era enganada a nossa confiança. Mas pois saber humano nem prudência Enganos tão fingidos não alcança, Ó tu, Guarda Divina, tem cuidado De quem sem ti não pode ser guardado!

Iſto fazem os Reis, quando embebidos Nũa aparencia branda que os contenta, Dão os premios de Aiace merecidos, Aa lingoa vaã de Vliſſes fraudulenta: Mas vingome que os bens mal repartidos Por quem ſo doces ſombras apreſenta, Se não os dão a ſabios caualeiros, Dãos os logo a auarentos liſongeiros.

Esta Aparencia, Vago Luar que vem de longe, errante Figuração de sonho sobre a terra... a tua Presença me define E abrasa em claras formas de relêvo.