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Atualizado: 5 de junho de 2025
E cada vez as notas se precipitavam com maior rapidez, até que, inesperadamente, a musica foi afrouxando, parecendo unicamente suspirar. Viram chorar o desconhecido, circumvagar um olhar alheiado, e arrancar da sua guitarra apenas gemidos e suspiros dolorosos. Tornaram a dizer-lhe que era melhor descançar. Recusou com pertinacia.
E muitos pósinhos, e muitos pósinhos! accrescentou o Prior, continuando a rir. Todos applaudiam. O Bento na guitarra apressava o andamento. Não posso, não posso mais! declarou a velhinha deixando-se caír esfalfada num tropeço, ao pé da lareira. Quem vem então? perguntou o Antonio, limpando o suor.
Deu dinheiro ao Matias para uma guitarra nova; depois, num largo gesto altaneiro, ao grupo: Bem! adeus! Ainda vos hei-de fazer abrir os olhos. E desandou bruscamente, perante a indiferença burlona da assistência.
Avassallárão Manuel de Moraes todas estas impressões, causadas pelo cantico e guitarra portugueza, repetidos sem duvida e tangidos por alguma judia expatriada que guardára a sua fé, e conservára a lingua pittoresca de seus pais nas ribas do mar do Norte, e sob os frios gelos de Amsterdam.
Para prender os toucados, Eu dar-vos-hia as estrellas: Os alfinetes dourados! Só pelo amor quebro lanças! A Rainha de Navarra Enleou um dia as tranças No braço d'esta guitarra! Sou um heroe perseguido!... Mas inda ha luz nos meus rastros; A lança que me ha ferido Foi feita do ouro dos astros! Mas um dia, ó bem amadas! Eu tornaria ás alturas... Subindo pelas escadas Das vossas tranças escuras!
Muito tempo a corda fremente da guitarra enviou de longe aos ouvidos de Frederico e de Lucinda, a sua melodia toda impregnada n'uma vaga tristeza, e expirou ao longe n'uns quebros de indizivel suavidade. Frederico suspirou. Pensa nos seus amores? perguntou Lucinda sorrindo. Amores, balbuciou elle, como, se os não tenho? Não os tem? Quem não tem amores aos vinte e dois annos?
Jura por vida da Dama; Falla comsigo na cama; Passêa de noite e escarra; Por falsete na guitarra Põe sempre: Viva que ama, Porque calça a seu proposito. Mas deixemos, se quizerdes, Por hum pouco as travessuras, Porqu'entre quatro maduras Leveis tambem cinco verdes. Deitemos-nos mais ao mar; E se algum se arrecear, Passe tres ou quatro trovas. E vós tomais côres novas?
Mas mau grado assim ser cruel, avara, dura, Como Nero tambem dá concertos á lua, E, em noutes de verão quando o luar consolla, Põe ao peito a guitarra e a lyrica violla.
Cuidará talvez muita gente, aliás instruida na historia da musica e seus effeitos, que a influencia da guitarra nos paços reaes é cousa moderna e peculiar da côrte portugueza. Não, senhores. O exemplo deu-o a Hespanha no fim do seculo passado, e a historia do mais afortunado guitarrista d'este planeta extravagante em que moramos, vou contal-a eu.
Suspira a guitarra debaixo do arvoredo e a musica d'aquella noite tão docemente estonteia as raparigas, que chegam a perder o seu annel de noivado entre as folhas do serpão... Andam no ar derramados uns effluvios que parece darem á gente uma indolencia voluptuosa.
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