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A Ira com que ſubito alterado O coração dos Deoſes foy num ponto, Não ſoffreo mais conſelho bem cuidado, Nem dilação, nem outro algum deſconto: Ao grande Eolo mandão ja recado Da parte de Neptuno, que ſem conto Solte as furias dos ventos repugnantes, Que não aja no mar mais nauegantes.

Soffreo Lysia hum Tremor de terra horrendo, Seguio-se-lhe depois Traição ferina, Rebateo de hum Leão furia, e rapina, E pouco a pouco foi a fronte erguendo: Por morte do seu Rei ficou gemendo, E o Céo, por consolalla, lhe destina Soberana immortal quasi divina, Que em paz o Povo seu ficou regendo: Hum Monstro de ambição, e de vingança Surge do centro do sulfureo Averno, Perde a Europa o equilibrio da balança: Restaura Portugal seu bom Governo; Mas não vêr o seu Rei!.. Esta lembrança O põe banhado em pranto, e em luto eterno.

Diz-me o tempo que a tudo dará talho: Mas o desejo ardente, que detença Nunca soffreo, sem tento Me abre as chagas de novo ao soffrimento. Assi vivo; e s'alguem te perguntasse, Canção, porque não mouro; Podes-lhe responder; que porque mouro. Vinde meu tão certo Secretario Dos queixumes que sempre ando fazendo, Papel, com quem a pena desaffógo.

E assim se ha de ter por certo que a unica e verdadeira causa das perseguições e trabalhos, que soffreo este grande homem, foi a mesma grandeza do seu merecimento e virtude. E a Satyra, unica acção reprehensivel que na sua vida se encontra, não serve senão para provar que entre Camões e Barreto havia inimizade. Nem em tal disparidade de sentir e de pensar podia haver perfeita concordia.

Ella escuta os extremos, Os vivas populares, o Amante Nos olhos estudar-lhe as leis que dicta; O prazer a transporta, Amor a encanta; Premios, dádivas mil ao Justo, ao Sábio Magnanima confere, Rainha esquece o que soffreo Vassalla: De sublimes acções orna a Grandeza, Felicita os Mortaes, do Sceptro he digna, Impera em corações... mas Ceos! Qu'estrondo O sonho encantador lhe desvanece!

E começaremos por observar que se nenhum escritor foi mais desprezado e perseguido de seus compatriotas, tambem nenhuma nação ha sido tão castigada, como a Portugueza das perseguições e desprezos, que soffreo este grande homem, não della, mas do seu governo, e dos grandes e poderosos, de cujos crimes he quasi sempre o povo quem vem a pagar as penas.

A rouca Lyra, Musa, temperemos, Cordas de ouro lhe ponho: O triste Boticario em paz deixemos, E o Gamaõ enfadonho; Inspira-me huma vez sonoros hinos, Que Apollo julgue deste dia dinos. Ensina-me a louvar do Illustre Angeja Talentos sup'riores; Que soffreo os­ assaltos d'alta inveja, Como soffre os louvores; Cuja alma não conhece vís mudanças, Ou corrão tempestades, ou bonanças.

Verás os sitios ditosos Onde, Marilia, te dava, Doces beijos amorosos Nos dedos da branca mão. Mandarás aos surdos Deoses Novos suspiros em vão. Quando á janella sahires Sem quereres, descuidada, Tu verás, Marilia, a minha E minha pobre morada. Tu dirás então comtigo: Alli Dirceo esperava Para me levar comsigo: E alli soffreo a prisão. Mandarás aos surdos Deoses Novos suspiros em vão.

Este estabelecimento, soffreo tambem, como todos os mais, grandes opposições; porque os não admittidos em a nova Academia, fundárão outra; e outra exhibição; mas como não tinhão grande credito, tudo desappareceo em pouco tempo.

Qualquer trabalho me fôra Por vós grão contentamento: Nada sentira, Senhora, Se víra disto algum'hora Em vós hum conhecimento. Por mal que o mal me tratasse, Tudo por bem tomaria; Postoque o corpo cansasse, A alma descansaria, Se para vós trabalhasse. Quem vossas cruezas ja Soffreo, a tudo se poz; Costumado ficará; E muito melhor será, Se trabalhar para vós.

Palavra Do Dia

dormitavam

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