United States or Guinea ? Vote for the TOP Country of the Week !


73 "Estes e outros Barões, por várias partes, Dinos todos de fama e maravilha, Fazendo-se na terra bravos Martes, Virão lograr os gostos desta Ilha, Varrendo triunfantes estandartes Pelas ondas que corta a aguda quilha; E acharão estas Ninfas e estas mesas, Que glórias e honras são de árduas empresas."

Estes & outros Baroẽs por varias partes, Dinos todos de fama & marauilha, Fazendoſe na terra brauos Martes, Virão lograr os gostos deſta Ilha: Varrendo triumphantes eſtandartes Pellas ondas, que corta a aguda quilha, E acharão eſtas Nimphas & eſtas meſas, Que glorias & hõras ſam de arduas empreſas

E mais saber desejo Se a fama nos engana, Que diz, que o grão pastor dos Lusitanos, Com todos os do Tejo, E com fato e cabana, Reside ja nos campos Africanos; Onde mil soberanos Triumphos, delle dinos, Lh'ordena a fatal sorte, Com grande estrago e morte Dos brutos mal nascidos Sarracinos, Que de si despejados Os curraes deixão ja cheios de gados.

Os officiaes de Lisboa vendo esta mudança da Rainha fizeram logo seu ajuntamento, onde Vicente Egas, homem cidadão velho, entendido e de grave representação fez uma falla com largo recontamento, cuja sustancia foi avisar a cidade dos males e perigos que por as mudanças presentes se lhe aparelhavam; e como para terem por cabeça alguma pessoa que por ella os resistisse, lhe era necessario enlegerem e tomarem alferes, apontando logo o capitão Alvaro Vaz d'Almada, que da cidade fôra o derradeiro alferes, como por outros muitos e mui dinos merecimentos e louvores que d'elle com verdade recontou; no que todos consentiram, e por dois cidadãos o enviaram logo chamar,por quanto era fóra da cidade; e em chegando á ribeira, sendo sabido a determinação sobre que vinha, se ajuntou com elle a mór parte da cidade, e assi acompanhado com grande honra foi levado á Camara, onde por os vereadores com certas cerimonias e largas palavras de grande seu louvor e muita confiança, lhe foi entregue a bandeira da cidade com suas condições; e elle a recebeu com palavras cortezes e discretas, e de grande esforço; porque era cavalleiro que n'este reino e fóra d'elle por esperiencias mostrou que isto e muito mais de louvar havia n'elle, em França por sua ardideza e bondades foi feito conde d'Abranxes, e em Inglaterra por sua valentia foi recebido por companheiro da Ordem da Garrotea, de que principes christãos e pessoas de grande merecimento são confrades; e em Portugal por todas estas, e mais por sua linguagem e fidalguia mereceu ser como foi capitão mór do mar.

A minha pura sómente olhae, E vêde meus extremos se são finos; E se de alguma pena forem dinos, Em mim, Senhora minha, vos vingae. Não seja a dor que abraza o triste peito Causa por onde pene o coração, Que tanto em firme amor vos he sujeito. Guardae-vos do que alguns, dama, dirão, Que sendo raro em tudo vosso objeito, Possa morar em vós ingratidão.

Começando de escrever das vidas, e mui excellentes feitos dinos de eterna memoria, dos mui esclarecidos Reis de Portugal, encomendo-me áquelle guiador de seus nobres, e virtuosos corações Espirito Santo, que assi participou com elles de sua infinda graça para as obras, me queira dar alguma para os escrever, e assentar em devida lembrança, por tal que não pareçam falecidas minhas palavras na grande excellencia de tão louvadas obras, de cujo louvor a primeira prova, e testemunho será o meu esforçado, e manifico Rei D. Affonso Anriques, primeiro Rei de Portugal, fundamento logo proprio, e necessario, por Deos ordenado para tão alto cume da gloria destes Reinos, como nelle edeficou, segundo que seu immenso louvor não menos se verá ao diante acrescentado, e conformado pelos Reis seus successores, os quaes, contando deste primeiro Rei, são por todos quatorze com o Serenissimo de todo louvor illustrado El-Rei D. Manuel N. Senhor, o qual vai em dez annos que ao presente Reina, anno do Senhor de mil e quinhentos e cinco.

Aqueles cantares finos, A que liricos disserão Os Gregos e os Latinos, Digão me donde os houverão Salvo dos livros divinos? Quantos que d'ahi ao seu Trouxerão auguas á mão. Regou Pindaro e Alceu, E em môres prados Platão! Mas é o que ora aprendo Ler por eles de giolhos, De que sei quam pouco entendo. Mas fossem dinos meus olhos, De cegar sobre eles lendo!

Outras vezes rasgando á vasta terra Seu peito cavernoso, Ou descobrindo quanto o mar encerra De raro, e precioso, Profundavas com seria madureza Os segredos da occulta natureza. De tão doces estudos arrancado Por mais altos destinos, Da Lusa gente, e de seus Reis chamado A empregos de ti dinos, Sacrificas aos novos Soberanos De maduro saber teus cheios annos.

Eis vem deſpois, o pay, que as ondas corta Co reſtante da gente Luſitana E com força & ſaber, que mais importa, Batalha da felice & ſoberana: Hũs paredes ſubindo eſcuſam porta, Outros a abrem, na fera eſquadra inſana, Feitos farão tão dinos de memoria, Que não caibão em vêrſo, ou larga hiſtoria.

Quantos que d'ahi ao seu Trouxerão auguas á mão. Regou Pindaro e Alceu, E em môres prados Platão! Mas é a que ora aprendo Ler por eles de giolhos. De que sei quam pouco entendo. Mas fossem dinos meus olhos, De cegar sobre eles lendo! Que, dos seus misterios altos Assi lubrigando vejo Que não são pêra tais saltos: Gemo sômente e desejo.

Palavra Do Dia

dormitavam

Outros Procurando