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Em nome d'estas cinzas queridas, peço-te em nome de teu pai, que tantas vezes me disse, quando te via triste, aos quatorze annos; «não tires da tua vista este menino, que ha-de perder-se, se entrar no mundo, d'onde me eu salvei com o teu amor»; é teu pai que te pede pela minha bocca, Jorge, esquece essa mulher; não lhe escrevas, os teus amigos que te não fallem d'ella; absorve-te no meu amor; folga com a innocencia de tuas irmãs: volta a Coimbra quando o desejo do estudo renascer no teu animo socegado; entrega-te de novo aos teus prazeres da caça; restaura a tua saude, que trazes tão quebrantada; eu pedirei aos amigos da nossa casa que a frequentem mais a miudo; teu tio ha-de saber conversar com o teu espirito instruido; compra os livros que quizeres; satisfaz todos os caprichos que te não arruinem a saude nem a alma; tens a duas leguas d'aqui uma villa onde ha sociedade, e familias que te estimam.

Assi que a paga igual de minhas dores Com nada se restaura; mas devêsma Por ser capaz de tantos desfavores. E se o valor de vossos amadores Houver de ser igual comvosco mesma, Vós comvosco mesma andai de amores. Se tanta pena tenho merecida Em pago de soffrer tantas durezas; Provai, Senhora, em mi vossas cruezas, Que aqui tendes huma alma offerecida.

Se a relva dava então tranquillos sonos, Á sombra qu'espalhava o Freixo annoso, E se estancava a sede á lynfa pura Do serpeante límpido regato; Vélos se arrancão do innocente armento, Que ao cançado mortal repousos prestão; E o liquor salutifero se apúra, Que restáura o vigor no inerte corpo.

Esse sol que nos allumia o theatro do mundo, essas estações que lhe mudam as scenas, os frutos saborosos e delicados que rompem da terra, os vestidos que nos cobrem, o ar que respiramos, o somno que nos restaura as forças, os prazeres que nos lisonjeiam os sentidos, os prazeres ainda mais puros e doces da consciencia e do coração, são outras tantas esmolas, com que Deus proveu desde a eternidade ao homem, sobre fraco e indigente, ingrato a tantos beneficios.

Soffreo Lysia hum Tremor de terra horrendo, Seguio-se-lhe depois Traição ferina, Rebateo de hum Leão furia, e rapina, E pouco a pouco foi a fronte erguendo: Por morte do seu Rei ficou gemendo, E o Céo, por consolalla, lhe destina Soberana immortal quasi divina, Que em paz o Povo seu ficou regendo: Hum Monstro de ambição, e de vingança Surge do centro do sulfureo Averno, Perde a Europa o equilibrio da balança: Restaura Portugal seu bom Governo; Mas não vêr o seu Rei!.. Esta lembrança O põe banhado em pranto, e em luto eterno.

Olhae, por exemplo, como os mares liberalisam as suas aguas ao ar em nuvens, o ar as suas á terra em chuvas, a terra ás fontes, as fontes aos rios, os rios outra vez aos mares; e n'este rodear das aguas, plantas, animaes, homens, o mundo todo se conserva, se reanima, se restaura.

Aquelle não sei que, Que aspira não sei como, Qu'invisivel sahindo, a vista o , Mas para o comprender não lhe acha tomo; E que toda a Toscana Poesia, Que mais Phebo restaura, Em Beatriz, nem Laura nunca via: Em vós a nossa idade, Senhora, o póde ver, S'engenho, se sciencia e habilidade, Iguaes á vossa formosura der, Qual a vi no meu longo apartamento, Qual em ausencia a vejo.

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