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Vós, senhor, não tenhaes pouca culpa n'este feito; peço-vos tudo gemaes sempre dentro em vosso peito. O author da satyra era o proprio Damião de Goes, que ajuntára a copia ao seu nobiliario; e o portador d'ella a D. João III fôra um familiar do conde da Portella, inimigo do conde da Castanheira.

Chegou Luis de Camões a Goa em Setembro de 1553; acompanhou o Viso-Rei Dom Affonso de Noronha na expedição contra o Rei de Chembé, e com elle voltou a Goa; em Janeiro de 1555 ahi estava, porque ahi escreveo a Egloga, Soneto e Carta que dissemos; em 16 de Junho do mesmo anno, em que succedeo no governo Francisco Barreto, ainda ahi estava, como se prova com a mesma Satyra, em que descreve as festas que por essa occasião se fizerão, como testimunha ocular.

Manoel Severim nega que o Viso-Rei Dom Pedro Mascarenhas o provesse em tal Officio, e he de parecer, que tendo o poeta ido na armada que este Viso-Rei mandára ao Estreito do mar roxo a cargo de Manoel de Vasconcellos, voltando a Goa, fizera aquella Satyra contra os que havião festejado a successão de Francisco Barreto; do que este resentido, ou por zelo da justiça, ou por queixas dos motejados, o desterrou no anno de 1556: e a este parecer se encosta Manoel de Faria e Sousa.

Vejamos agora se este desterro do poeta seria, como pensão Manoel Severim e Manoel de Faria e Sousa, em consequencia da Satyra ou das Redondilhas, que andão nas suas Rimas com o titulo de Disparates na India.

As tres quadras trasladadas por Diogo de Paiva são as unicas apenas conhecidas dos leitores de genealogias; mas o mordaz poema comprehende sessenta e quatro quadras. Por não empecer á curiosidade, dou primeiro o traslado da satyra; hão de vêr depois outras cousas importantissimas no caso. Deus sabe que esconder a minha tenção não posso; e, por seu serviço e vosso, digo quanto aqui disser.

Em um volume de manuscriptos, tenho a celebrada satyra do Ferro, precedida da seguinte nota: Este libello é dedicado á memoria do Estopa e Carqueja, dous heroes que tudo levavam a pau e espada em Vizeu, ahi pelos annos de mil setecentos e tantos, e de um d'esses valentões tomaram o cognome os estudantes de Coimbra chamados o Rancho do Carqueja. Isto não obstante, a correcção do snr.

Um ardor immenso o impulsiona e move; Anrique sauda com férvido enthusiasmo o passado heroico de Lisboa; mas a atroz realidade do presente surge perante o impeto epico como uma satyra tragica.

Mas n'esse caso estou roubado, despido, e ! Caí nas garras de uma quadrilha de salteadores! berrou o uzurario, ao qual as palavras mansas do ministro quasi arrancavam a alam aos pedaços com tenazes em braza. Modere-se sr. Juffré. Veja aonde está e a quem fala... Falo ao salteador que me espoliou! O sr. Herman rouba-me e escarnece-me. Engana-se. Está fazendo a satyra do duque de Abrantes.

Estão-me a lembrar éstas: 'O Casamento da Cadea' ou talvez se chame outra coisa, mas o assumpto é este; comedia cujos characteres são habilmente esboçados, funda-se n'aquella nossa antiga lei que fazia casar da prisão os que assim se suppunha podêrem reparar certos damnos de reputação feminina. 'O fidalgo de sua casa', satyra mui graciosa de um tam commum ridiculo nosso.

Mas além desta razão, que nos parece mui ponderosa, para acreditarmos que esta Satyra não havia sido publicada, nem para isso tinha sido escrita, temos ainda outra, e he, que na carta 2.ª, a que ella andava unida, começa Luis de Camões por pedir ao amigo a quem a dirigio, o mais inviolavel segredo, dizendo: Esta vai com a candeia na mão morrer nas de V. M.; e se dahí passar seja em cinzas etc. donde se deve suppor que vai a fazer alguma revelação de alta importancia; e em todo o seu conteudo não apparece cousa, que se não podesse dizer em publico: por onde nos inclinâmos a crer que nella vinha incluso algum outro papel, que fazia necessaria aquella recommendação; e não podia ser senão a Satyra.

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