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O rapaz, que andava sempre alegre e que era d'uma grande simplicidade no que respeitava a dinheiro, julgou ter recebido uma fortuna que lhe permittiria viver vida folgada por largos annos. Disse adeus ao antigo patrão e foi-se embora, atravessando montes e valles, cantando, saltando e alegre que nem um passarinho.

Geme acaso o passarinho De saudade, Quando as azas expande, e deixa o ninho A vez primeira, a mergulhar nos ares? Volve olhos lachrymosos Aos mares tormentosos O navegante, quando aproa ás plagas Da patria suspirada? Porque morres?! Pergunta á Providencia Porque te fez nascer. Qual era o teu direito a ver o mundo; Teu jus á existencia?

P. Sabe o menino o que isso foi? E. Eu não senhor. P. Pois tem pouco que saber. Foi o que se chama uma coincidencia. Se á saïda do medico, entrasse pela casa dentro um passarinho, dir-se-ia, que a avesinha viera annunciar aquella desgraça; se eu por acaso batesse á porta do doente n'aquelle instante, era eu o agoureiro. E. Mas o medico tinha dito, que a doença não era de perigo.

Temeria ella abrir a porta da gaiola ao passarinho? Munindo-se, porém, do seu isolador, e partindo uma vara da arvore electrica, pozemo-nos a caminho, internando-nos por uma passagem subterranea e escura, guiados unicamente pela luz do nosso facho.

Entrava ella, roixa de frio, offegante, com as pestanas lagrimosas, e, sem erguer o véo, sem dizer palavra, atirava-se-me toda ao peito, cingia-me o pescoço, e, timorata e assustada como um passarinho, applicando o ouvido, escutava, convulsiva, o menor rumor que se fazia na casa ou na rua.

Livre é a flor, quando envia aos céos o aroma de suas douradas pétalas; a brisa é livre, quando beija o lyrio; é livre o passarinho, quando em haste vergada festeja o doce idyllio do crepusculo; é livre a humanidade, quando bafejada pelo sopro divinal das grandes idéas e sublimes principios!... Por entre todas as nações do universo, a America sorria-me grandemente ditosa.

No cóllo a punha, Então brincando A mim a unia; Mil coizas ternas Aqui dizia. Marilia vendo Que eu com ella He que fallava; Ria-se a furto, E disfarçava. Desta maneira Nos castos peitos, De dia, em dia A nossa chamma Mais se accendia. Ah! quantas vezes No chão sentado, Eu lhe lavrava As finas rócas, Em que fiava? Da mesma sorte Que á sua amada, Que está no ninho, Fronteiro canta O passarinho.

De uma vez atirei para dentro da janella este soneto traduzido do hespanhol de Lope de Vega. Não ha expressões humanas que possam dizer mais: Dava alimento a um passarinho um dia Lucinda, e pela estreita portinhola Foi-se-lhe a ave das grades da gaiola Ao vento livre, onde a cantar vivia. Ouviu-a enternecido o passarinho, Bate as azas para a prisão antiga, Que tanto póde uma mulher que chora.

A areia é doce como se fosse Vergel macio para noivar... E dorme o Rio... praia deserta... Cuidado! Alerta! que a Lua espreita, Nunca se deita, sempre a rondar. Passarinho trigueiro, Olha a estrella do boieiro Que nunca dorme no ceu, A ver se do seu rebanho Alguma rêz se perdeu... Olha o Rio! é côr d'estanho Como um espelho a brilhar;

E a mãozinha da minha efêmera namorada, ao despedir-se, tremia como um passarinho, quando lha apertei numa pressão significativa. Segui-a com a vista até desaparecer pela porta da estação; e numa derradeira vez que ela se voltou a olhar-me, não sei, mas ia jurar que lhe vi lágrimas... Encostei-me então a um canto, sorumbático, a fumar.

Palavra Do Dia

líbia

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