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E a mãozinha da minha efêmera namorada, ao despedir-se, tremia como um passarinho, quando lha apertei numa pressão significativa. Segui-a com a vista até desaparecer pela porta da estação; e numa derradeira vez que ela se voltou a olhar-me, não sei, mas ia jurar que lhe vi lágrimas... Encostei-me então a um canto, sorumbático, a fumar.

Maio de 1854. Volve folha desbotada, Outra vez á mão nevada Que do tronco te ceifou, Volve, e dize sem receio, Que te apertei contra o ceio, Que o meu olhar te adorou: Vai discreta confidente, Dize tudo quanto sente, E calla o meu coração! Vai, que a tua voz sentida, Ha de ser por ella ouvida Com ternura e compaixão.

Desci o Chiado. Ia alegre, triumphava: a minha vida apparecia-me, larga, cheia, explendida, coberta de luz. Entrei nas modistas, olhei, escolhi, comprei, com impaciencias de noiva, e recatos de conspirador. Apertei a mão a algumas amigas. Partes? perguntavam-me. Para França. Com a guerra? Não ha guerra. E havendo, não é interessante ver matar prussianos?

E procurei-a... Não sei o que lhe disse... Recordo-me que lhe apertei a mão com ardor; que lhe pedi lagrimas de piedade, e coragem para não transgredir um juramento... Penso que me não entendeu, porque me respondeu com um sorriso, e fugiu de ao de mim com a face abrazada...

«Aldonça! repetiu desapercebidamente Gaspar Ximenez; a mesma, a que me torna aguerrido, audaz para affrontar estas regiões nos términos do mundo; a que jurou um dia ser minha e me prometteu a mão de esposa, que eu beijei e apertei tremulo, convulsivo!

Depois, ao dobrar da rue Royale para a Praça da Concordia, topei com um robusto e possante homem, que estacou, ergueu o braço, ergueu o vozeirão, n'um modo de commando: Eh, Fernandes! O Grão-Duque! O bello Grão-Duque, de jaquetão alvadio e chapeu tyrolez côr de mel! Apertei com gratidão reverente a mão do Principe, que me reconhecera. E Jacintho? Em Paris?...

Queria sentir bem junto do peito o contacto gélido de um corpo que eu tantas vezes apertei, das faces que eu devorava, quando ella se dava aos caprichos da minha vertigem. Havia n'este amor um pensamento de halucinado, um tanto de selvagem, de monstruoso; impellia-me uma inquietação continua, sentia em mim um como ranger de puas do remorso, a voz que interroga Caim. Fugia, não queria consolações.

Fiquei triste com a mysteriosa singelesa da resposta. Previ um romance. Que querem? A doida da minha phantasia! Apertei com o velho, fiz-lhe promessas para que me contasse a sua. Não consegui nada. partiram ambos para Inglaterra. Olha para o guitarrista! exclamou o de mais compassiva physionomia. Olharam todos. Graça Strech estava sendo inconscientemente o alvo de todas as attenções.

Tinha viajado. Emfim, n'uma bemdita manhã d'outubro, na primeira friagem e nevoa d'outomno, avistei com enternecido alvoroço as cortinas de seda ainda fechadas do meu 202! Affaguei o hombro do Porteiro. No patamar, onde encontrei o ar macio e tepido que deixára em Florença, apertei os ossos do Grillo excellente: E Jacintho?

Ai! folhinha desbotada! Outra vez á mão nevada Volve de quem te ceifou! Volve, e dize, sem receio, Que te apertei contra o seio, Que o meu olhar te adorou! Maio de 1854.

Palavra Do Dia

stuart

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