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as Muzas o chorárão; E o enterro devia ser Como hoje nos pinta o Lobo O de João Xavier. Homéro, o divino Homéro, Honra de antigas Idades, Por cujos inuteis ossos Brigárão sete Cidades; Doces Versos recitando, Pela Grecia discorria; Tinha os Thezouros de Apollo, E esmola aos homens pedia;

Corajem, meus amigos, oje a gloria Q'ate'qui se ganhou naõ perder-se. Nos animos calou vinhi-potentes De tal sorte a razaõ destas palavras, Que cada um deles se reputa um raio, E ja para envestir as trélas roem. Agora, ó Muzas, naõ falteis ao Vate, Asopraime no peito o extinto fogo, Que he precizo cantar melhor que nunca O combate maior que os evos viraõ.

Ai eu tenho sete muzas Quaes d'ellas prefiro eu? Ai eu tenho sete muzas, Trez d'ellas são andaluzas Porque as outras são do céo. Malaga, terra de encantos, Terra das vinhas doiradas! Malaga, terra de encantos! Igrejas cheias de Santos, E Virgens cheias de espadas! Vossa bocca tem desejos Que a bocca das mais não tem... Vossa bocca tem desejos E morria por beijos No ventre da vossa mãe!

Ao favor de mos pedirdes, Honra, que eu não merecia, Ajuntastes o thezoiro De mos pedir em Poezia; Que fáceis, que amenos Versos! Trazem das Muzas o bafo; A moral os faz ser vossos, Que quanto ao mais são de Sapho; na pintura dos annos Errou essa mestra mão; Porque inda que era em Poezia, Foi puchar muito a ficção;

Potente Jove, aonde estão Os teus vingadores raios? Hum homem de coiros baios Segue as Muzas tuas filhas; Tu, pois, que os vaidozos trilhas, Faze que este, em todo o cazo, Saia logo do Parnazo, E passe para Cassilhas.

Minha respeitoza mão De seus limites não sai; A escritura, que aqui vai, Não he carta, he Petição; Até ante os Thronos vão Vozes em papel incluzas; As minhas não vão confuzas; São memorial mui claro; Sou Poeta, dai-me amparo, He obrigação das Muzas. Não peço hoje para mim; Bem cuberto anda meu peito; Inda beijo, inda respeito Huma Vestia de Setim.

Cozendo sobre o joelho Era dura, falsa cáveira, A sua alma conversava Com Bernardes, e Ferreira; Mil vezes travêssas Muzas Da baixa obra o desvião; E mostrando-lhe o tinteiro, Pós, e banha lhe escondião; Mas de que servem talentos A quem nasceo sem ventura? Vale mais, que cem Sonetos, A peior penteadura; Amigo, vamos errados; Escolhemos muito mal; He o fado dos Poetas Não professarem real;

He queimar-lhe baixo incenso, Cansallo com Versos frios; Amor respeitoso, e votos Serão os meus elogios: Vós, Illustre Villa Verde, Com quem sempre me hei achado, Fazei que seja o meu nome A seus ouvidos levado; Se lhe der acolhimento, Sigamos de Horacio as traças, Façamos que a par das Muzas Marchem as rizonhas Graças;

Tornem a dar os teus lares Guarida á minha desgraça; Tornem a ter teus amigos Polido Isidro de graça; Vai na franca, lauta meza, Versos ouvindo, e tecendo; Entre as Muzas, entre as Graças Vai, a rir, empobrecendo; Correntes do Doiro, e Rheno Escaldem meu Estro fraco; Abrão-me o Templo de Apóllo Atrevidas mãos de Baco;

V. Excellencia se digne attribuir este erro de methodo á desordem de animo, em que me põe a ingrata sem-razão de ver os Poetas desfavorecidos de alguns homens, talvez sem mais crime, que serem favorecidos das Muzas.

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