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A cada caveira juntamos uma certa porção d'ossos, uma porção rasoavel... Não havia outro meio... Nem todos os ossos se acharam. Canellas, por exemplo, faltavam! E é bem possivel que as costellas d'um d'aquelles senhores ficasse com a cabeça d'outro... Mas quem podia saber? Deus.

Cáveira da montanha, ossada immensa,

E agora aos trinta e tres annos a sua occupação era bocejar, correr com os dedos desalentados a face pendida para n'ella palpar e appetecer a caveira. Foi então que o meu Principe começou a ler apaixonadamente, desde o Ecclesiastes até Schopenhauer, todos os lyricos e todos os theoricos do Pessimismo.

Mostrar-lhes-hei que a creança é um homem, que póde disputar primasias de coragem aos mais fortes. E n'esta resolução avançou para mesa, estendeu o braço e ia a tocar no funebre despojo, quando a voz mysteriosa recuou de novo, gritando: Detem-te! O que ias fazer? Tocar n'esta caveira respondeu o mancebo com voz tranquilla. Com que fim? Com o fim de provar que a ideia da morte me não apavora.

E tocava-me nos hombros, para que me inclinasse sobre a face cadaverica da Mariquinhas. Queria fechar os olhos ao ritus de quasi caveira que tinha nos seus dentes descarnados, e cada vez os abria mais, até que a sua imagem me ficou tão profundamente vincada na memoria, que me vem sobre todas, que é superior a todas, ás mais ridentes como ás mais dolorosamente tragicas.

Como, sem ver o tumulo d'elrei D. Fernando? Em que estado se acha este. Exemplar de stylo byzantino. Coroa real sôbre a caveira. O rei d'espadas e o symbolo do imperio. Quem nunca viu o rei cuida que é de oiro. Brutalidades da soldadesca n'um tumulo real. O que se acha nas sepulturas dos reis. A phrenologia. Vindicta publica, tardia mas ultrajante. Camões e Duarte Pacheco.

Imaginou a estupida cubiça d'estes Allanos modernos que devia de estar alli dentro algum grande haver de riquezas incantadas, talvez cuidaram achar sôbre a caveira do rei a coroa real marchetada de perolas e rubis com que fosse interrado, talvez pensaram incontrar appertado ainda entre as sêccas phalanges dos dedos myrhados, aquelle globo de oiro macisso que lhes figura o rei d'espadas do sujo baralho de sua tarimba, e que elles teem pela indisputavel e infallivel insignia do supremo imperio; talvez supposeram que mesmo depois de morto, um rei devia de ser de oiro... Emfim quem sabe o que elles cuidaram e pensaram?

E a sua sombra morta se tornou Imovel, negra sobre a terra branca E sonora e marmorea do caminho. Surgira, d'improviso, um vulto humano Ante o vulto chimerico e fatidico Da Amazona da Noite que escondêra, Na tunica de outomno e de crepusculo, O rôsto de caveira, onde o luar Batia, como sobre um frio marmore.

A casa do Condestavel era na Flôr da Rosa, no Alemtejo... Essa tua ignorancia trapalhona das coisas de Portugal! O meu Principe deixou escorregar mollemente a photographia da minha prima d'entre os dedos molles que levou á face, no seu gesto horrendo de palpar atravez da face a caveira. Depois, de repente, com um soberbo esforço, em que se endireitou e cresceu: Bem! Alea jacta est!

Em fim, senhora, se te vejo em osso, com essa cara posta em tal pescoço, me parece, tirada a cabelleira, em cima de um bordão uma caveira. Sabe que sei, e d'isto me não gabo, que te alugou sem duvida o diabo, invejando teu corpo, cara e dedos para a Santo Antão fazer maiores medos E deixa, em fim, tanto vão cuidado; e ao sagrado te acolhe primeiro que te ponham em sagrado.

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