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O propheta gemeu: não era o estro, Ou o vívido jubilo que outr'ora Inspirára Moysés: o sentimento Foi sim pungente de silencio e morte, Que da patria lhe fez sobre o cadaver A elegia da noite erguer e o pranto Derramar da esperança e da saudade.

Esperemos: talvez que inglorios, mas doirados, aqui me aguardem, recatados, dias de estro e de paz, quaes nunca disfructei. se a solidão que me apavora, sómente o fôr vista de fóra; se em seus recôncavos demora gente feliz, povo de irmãos; se do antigo viver, das crenças de outra edade, vestigios guarda a soledade; se poesia se vive entre estes aldeãos;

Nas suas curiosas investigações, fez Delfim Guimarães preciosos achados que denotam uma grande subtileza nas suas faculdades de critico, como a da poesia de Camões, erradamente atribuida a Bernardim, que se acha no cancioneiro de Luis Franco, existente na Biblioteca Nacional de Lisboa, tão interessantemente descoberta, e o das tres poesias constantes d'um pliego-suelto de 1656, da mesma Biblioteca, que o distincto escriptor filia com boas razões no estro de Bernardim.

Faz que eu veja n'estas trevas Um relampago d'amor, Que eu não morra sem que diga: «Tive no mundo uma amiga, Que entendeu a minha dôr. «Deu-me ella o estro grande Das memoraveis canções; Accendeu-me a extincta chamma Da inspiração que inflamma Regelados corações. «Os segredos dos affectos Que mais puros Deus nos deu, Ensinou-m'os ella um dia Que d'entre archanjos descia Com linguagem do céo.

Lenda de sepultura, Que fala em gloria e vida, E esconde ossada infecta Dos vermes corroída; Pinheiro solitario, Que o raio fulminou, E que gemeu tombando, E não mais murmurou. */ Era bello esse tempo da vida, Em que esta harpa falava de amores: Era bello quando o estro accendiam Em minha alma da guerra os terrores.

Hum Durão Padre Mestre Graciano Com Estro divertido Americano. Dois Botelhos Professo, e Secular, Hum Antonio Ricardo, hum Aguiar. Estes Vates, que aponto, se conhecem, E huma eterna saudade nos merecem: Qualquer delles crédor de melhor sorte, «E outros, em quem poder não teve a morteQuasi todos nas obras, que deixárão, Seus Nomes sem vaidade eternizárão.

Eis que o corisco da inspiração lhe vulcanisa o peito. Levanta machinalmente a mão á fronte, como a palpar a excrescencia febril que todo o poeta apalpa no conflicto sublimado do estro.

Tu, Anjo do Senhor, que accendes o estro; Que no espaço entre o abysmo e os ceus vagueas, D'onde mergulhas no oceano a vista; Tu que do trovador na mente arrojas Quanto ha nos ceus esperançoso e bello, Quanto ha no inferno tenebroso e triste, Quanto ha nos mares magestoso e vago, Hoje te invoco! oh vem! lança em minha alma A harmonia celeste e o fogo e o genio, Que dêm vida e vigor a um carme pio.

Para provar que o cothurno não é feito para os nossos poetas lusitanos, basta lembrar que o assumpto da morte tragica da rainha D. Ignez de Castro, assumpto dos mais interessantes que tem apparecido em scena, tanto nos tempos antigos como nos modernos, tem apurado o estro dos nossos poetas portuguezes, não pelo interesse da acção, mas por ser a acção passada entre nós, e que para excitar a compaixão tem de mais a historia que a proclama verdadeira.

Se na que, mórna, e lúgubre, murmura, Corrente Avérna, como as sombras densa, Dér quéda enórme a sôfrega Doença Que á vida quer sorver-me a fonte impura: De eleitos Vegetaes sagaz mistura Não foi rígido estôrvo á Morte infensa: póde aos olhos meus Virtude immensa A do Horror ferrolhar Morada escura. Arde, ó Estro!

Palavra Do Dia

stuart

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