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Atualizado: 6 de junho de 2025


*Telmo*. Por tam longe andastes? *Romeiro*. E por tam longe eu morrêra! Mas não quiz Deus assim. *Telmo*. Seja feita a sua vontade. *Romeiro*. Pêza-te? *Telmo*. Oh, senhor! *Romeiro*. Pêza-te? *Telmo*. Hade-me pezar da vossa vida? Parece-me que menti... *Romeiro*. E porque não, se ja me pêza a mim d'ella, se tanto me pêza ella a mim? Amigo, ouve... Tu es meu amigo? *Telmo*. Não sou?

Vêde se me esqueceriam as suas palavras. *Jorge*. Homem, acabae. *Romeiro*. Agora acabo; soffrei, que elle tambem soffreu muito. Aqui estão as suas palavras: «Ide a D. Magdalena de Vilhena, e dizei-lhe que um homem que muito bem lhe quiz... aqui está vivo... por seu mal... e d'aqui não pôde sahir nem mandar-lhe novas suas de ha vinte annos que o trouxeram captivo

N'ellas se contava a velhissima historia da castellã, que, emquanto longe nas guerras do Ultra-mar o castellão barbudo e cingido de ferro atira a acha-d'armas ás portas de Jerusalem, recebe ella na sua camara, com os braços nús, por noite de Maio e de lua, o pagem de annellados cabellos... Depois ruge o inverno, o castellão volta, mais barbudo, com um bordão de romeiro.

Estou certo de que não deves ao thesouro real uma unica mealha, e de que nas arcas do haver não existe senão o que tu dizes: mas de certo não queres que um rei de Portugal caminhe por seu reino como um romeiro mendigo. Ao menos os dois mil maravedis de ouro..."

*Romeiro*. Tu, bem sei que duvidaste sempre da minha morte, que não quizeste ceder a nenhuma evidência; não me admirou de ti, meu Telmo. Mas tambem não posso Deus me ouve não posso criminar ninguem porque o accreditásse: as provas eram de convencer todo o ânimo; so lhe podia resistir o coração. E aqui... coração que fosse meu... não havia outro. *Telmo*. Sois injusto.

Horas esquecidas commigo luctava; Nem fôrça nem rogos, tudo lhe mancava. Tirou do alfange... alli me matava, Abriu uma cova onde me interrava. No fim de sette annos passa o cavalleiro, Uma linda ermida viu n'aquelle outeiro. 'Minha Sancta Iria, meu amor primeiro, Se me perdoares, serei teu romeiro. 'Perdoar não te heide, ladrão carniceiro, Que me degollaste que nem um cordeiro.

Foi um bemditto romeiro Que á fonte fui incontrar, «Que ahi deitou esse annel Para próva singular De um recado que vos trouxe Com que muito heisde folgar.» «Venha ja esse romeiro, Que lhe quero ja fallar: Embaixador deve ser Quem traz presente realPor Deus vos digo, romeiro, Que vos queirais levantar; Minhas mãos não são reliquias, Basta de tanto beijar

Hoje... Hoje os reis, no mesmo dia em que sobem ao throno, sonham com a via dolorosa do exilio. Sobre os almadraques do aposento real estão os preparativos indispensaveis para a jornada do desterro: o bordão do peregrino, e o chapeu do romeiro.

«Dona Gaia que diria, Que faria Alboazar Se visse o pobre romeiro Beber da fonte real?..» «Inda era noite fechada Meu senhor foi a caçar: Maus javardos o detenham,. Que é bem ruim de aturar! «Minha senhora, coitada, Essa não tem que fallar: Quem ja teve fontes de oiro Prata não sabe zelar.» «Pois um recado, donzella, Agora lhe heisde levar; Que o romeiro christão Lhe deseja de fallar

*Jorge*, chegando á porta da direita. Entrae, irmão, entrae. (O romeiro entra de vagar.)

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