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Atualizado: 3 de julho de 2025
O batalhão academico ia já marchando caminho do Porto. Francisco Lourenço retrocedeu para Lisboa, cogitando em mandar soccorros a Fernando. Devemos conjecturar, sem receio de erro, que o desembarque do libertador no Mindello fôra saudado de todo o coração do amigo de Bocage.
E já que á politica fiz referencia, cumpre registar que mais de uma vez foi convidado para ministro. Fontes, Bocage e Hintze Ribeiro debalde insistiram com elle. Recusou sempre, com premeditada e intencional obstinação. Chega hoje isto quasi a não acreditar-se: ter existido, vivo e palpavel, sem defeito, um portuguez que não queria ser ministro!
Oh! se era! estou-o vendo, como se fosse hontem, quando elle, na mercearia, a S. Sebastião da Pedreira, me improvisou os versos com que eu te venci, minha ingrata! Amaste-me por não poderes amar o Bocage, não foi? Ora confessa a verdade, que eu agora já não tenho ciumes... Olha o tolo! disse a senhora Maria Luciana, com a bocca cheia pelo bocado de pão, rebelde aos seus raros dentes.
Pinheiro Chagas, e que por isso mesmo devem ser insuspeitos á camara, peço licença para referir um facto, que é um traço anecdotico da vida de Bocage, mas que me parece vir a proposito.
Bocage via a seus pés o mais ditoso dos amantes confessando que aos seus versos devia a immensa felicidade, que lhe não cabia no peito. Esta situação, grata ao genio, reaccendeu-lhe o estro em novas flammas. Um soneto divino caiu no coração do reconhecido moço, que foi logo d'ahi leva-lo ao coração de Marilia.
Mas estes, que já não são poucos, bastam a egualar o Chiado com Bocage em materia de bréjeirices e tunantarias. Entre as producções literarias de Chiado, que eu não pude encontrar em 1889, havia uma, que, pouco tempo depois, veiu casualmente ao meu encontro.
Ao chegar ali, dei um tiro em um animal que creio se chama Leopardus jubatus, cuja pelle veio augmentar a minha cama felina. Esta pelle, que foi minha cama até Pretoria, offereci eu ao Doutor Bocage.
Fazia dó, fazia pena vêr João Penha torturado nos colmilhos de um litigante obsesso, a quem elle não podia responder, com um repente de Bocage, n'um epigramma vingador. Não me atrevi a arrancar João Penha das garras do cliente.
Embalado pelas poesias de Bocage e Macedo, lhe sorria a esperança, quando na madrugada do dia 29 de agosto, cinco dias depois da primeira subida, o acordaram para lhe noticiarem que o seu barracão na praça do Commercio se derruia esphacelado pelos machados de quarenta carpinteiros, á ordem do corregedor.
Francisco Lourenço, ao despedir-se do poeta, que ia passar a noite em casa do marquez de Anjeja, delicadamente lhe introduziu na algibeira do collete uma peça. Que bizarria de animo! Uma peça seria hoje o primeiro dinheiro que um editor portuguez offereceria a Bocage pela propriedade de um volume! Bem empregados seis mil e quatrocentos réis!
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