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Atualizado: 3 de junho de 2025


Affirma-o sem rodeio o manifesto empenho Com que guerreou Bocage, o sublimado engenho Do seculo passado, Por seus bellos ideaes, modernos e atheistas, Expostos com vigor, e com profundas vistas De um espirito avançado.

Moniz! oh puro Amigo: oh Socio! oh Parte Do ditoso Elmano! Ás Musas, como a mim, suave, e caro! Sem, por mim suspirem. Bocage Em Lucena, e em outros Quinhentistas de summo apreço, vem sobejar por exceder.

Pois deixaram de conhecer o melhor de todos os saraus litterarios, que a tradição da extincta Arcadia conservou ainda por muito tempo. O oiteiro era o festival com que se celebrava a eleição da abbadessa em cada convento. Durava tres dias e tres noites. N'outro tempo, as freiras diziam das janellas para o pateo os motes que os poetas glosavam. Bocage foi um fogoso frequentador de oiteiros.

O poeta estava enfermo; prometteu ir n'outro dia, se não morresse d'aquella aneurisma que o tinha nos umbraes da eternidade. As portas da eternidade, porém, estavam a abrir-se, n'aquella hora, ao mais inspirado e desditoso genio que ainda viram portuguezes, sendo tantos os inspirados e desditosos á competencia de desgraça com elle! Poucos dias depois, n'esse anno de 1806, morreu Bocage.

Ardendo em gloria o coração robusto, Onde teve o troféo, teve o jazigo: Nelson venceo, venceo por uso antigo; Mas da victoria foi desconto injusto. Ah! donde um Nelson cahe, logo outro assoma, Assim,de Heróes privando-te Carthago, Heróes fervião no teu seio, ó Roma. Bocage.

Bem sabia elle que Luiz de Camões morrera sem lençol em que amortalhar-se, e Antonio José da Silva n'uma fogueira, e Maximiano Torres nos presidios da Trafaria, e Garção na cadeia, e Quita na indigencia, e Bocage no desamparo.

Vem agora uma anecdota geralmente attribuida a Bocage, mas que não póde ser sua, pois que o manuscripto d'onde a tomamos é anterior a 1617 e portanto quasi seculo e meio anterior ao nascimento de Bocage. Entraram ratoneiros em casa do Chiado, e levaram-lhe o melhor que tinha.

Ha de haver nove annos que fui a Lisboa, e vi um poeta, chamado... assim a modo de... era um nome estrangeirado... Bocage? Tal e qual; era o tal Bocage; estava no Rocio, á porta d'um botequineiro, e eu passava, e disse-me um meu amigo: queres vêr o... o... como era? Bocage.

O Bocage... agora não me ha de esquecer... e vai elle olha para mim, muito sério, e bota-me um soneto que não sei que diabo dizia, que toda a gente se riu... Acho que o tal Borrage... Bocage. Valha a breca o tal nome, que tem que se lhe diga!

Aos males na constancia ser sobejo A poucos dado foi; Elmano o póde: , que hum novo troféo gloríe o Téjo. Moniz. Ao Senhor Manoel Maria de Barbosa du Bocage, em resposta ao Soneto pag. 6., pelos mesmos coasoantes.

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