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Do veterano as faces O salso pranto réga: Nos africanos montes Saudoso os olhos préga. Sente no seio as ancias D'incomportavel dor, E ás vezes range os dentes Em trances de furor. Um cantico á su' alma A indignação inspira: Vai sussurra-lo ao longe Aura que branda espira.

18 Mas enquanto este tempo passa lento De regerdes os povos, que o desejam, Dai vós favor ao novo atrevimento, Para que estes meus versos vossos sejam; E vereis ir cortando o salso argento Os vossos Argonautas, por que vejam Que são vistos de vós no mar irado, E costumai-vos a ser invocado.

102 "Entrava a formosíssima Maria Pelos paternais paços sublimados, Lindo o gesto, mas fora de alegria, E seus olhos em lágrimas banhados; Os cabelos angélicos trazia Pelos ebúrneos ombros espalhados: Diante do pai ledo, que a agasalha, Estas palavras tais, chorando, espalha: 103 "Quantos povos a terra produziu De África toda, gente fera e estranha, O grão Rei de Marrocos conduziu Para vir possuir a nobre Espanha: Poder tamanho junto não se viu, Depois que o salso mar a terra banha.

Agora toma a espada, agora a pena, Estacio nosso, em ambas celebrado, Sendo, ou no salso mar de Marte amado, Ou n'água doce amante da Camena. Cysne sonoro por ribeira amena De mi para cantar-te he cobiçado; Porque não podes tu ser bem cantado De ruda frauta, nem de agreste avena.

Mas em quanto eſte tempo paſſa lento, De regerdes os pouos, que o deſejão: Day vos fauor ao nouo atreuimento, Pera que estes meus verſos voſſos ſejão: E vereis ir cortando o ſalſo argento: Os voſſos Argonautas, por que vejão, Que ſam vistos de vos no mar yrado, E costumaiuos ja a ſer inuocado.

Quantos pouos a terra produzio De Africa toda gente fera & estranha, O grão Rei de Marrocos conduzio Pera vir poſſuir a nobre Eſpanha: Poder tamanho junto não ſe vio, Despois que o ſalſo Mar a terra banha. Trazem ferocidade, & furor tanto, Que a viuos medo, & a mortos faz eſpanto.

14 Tornam da terra os Mouros co'o recado Do Rei, para que entrassem, e consigo Os dous que o Capitão tinha mandado, A quem se o Rei mostrou sincero amigo; E sendo o Português certificado De não haver receio de perigo, E que gente de Cristo em terra havia, Dentro no salso rio entrar queria.

Mas vendo o Capitão que ſe detinha Ia mais do que deuia, & o freſco vento O conuida que parta & tome aſinha, Os Pilotos da terra & mantimento, Não ſe quer mais deter, que ainda tinha Muito pera cortar do ſalſo argento, Ia do Pagão benigno ſe deſpede Que a todos amizade longa pede.

3 Mas vendo o Capitão que se detinha mais do que devia, e o fresco vento O convida que parta e tome asinha Os pilotos da terra e mantimento, Não se quer mais deter, que ainda tinha Muito para cortar do salso argento; do Pagão benigno se despede, Que a todos amizade longa pede.

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