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Nenhum que vſe de ſeu poder bastante Pera ſeruir a ſeu deſejo feio, E que por comprazer ao vulgo errante Se muda em mais figuras que Proteio, Nem Camenas tambem cuideis que cante Quem com habito honeſto & graue veio, Por contentar o Rei no officio nouo, A deſpir & roubar o pobre pouo.

An. | MDLXI | ¶ Olyssippone | ¶ Venalis apud Iohannem de Borgo | Regium Bibliopolam, in vico nouo

E do mundo todo os principais, Que nenhum no bem pubrico imagina, nelles, que não tem amor a mais Que a ſi ſomente, & a quem Philaucia inſina que eſſes que frequentão os reais Paços, por verdadeira & ſaã doctrina Vendem adulação, que mal conſente Mandarſe o nouo trigo florecente.

Tambem Sequeira as ondas Eritreas Diuidindo, abrirâ nouo caminho, Pera ti grande Imperio que te arreas De ſeres de Candace, & Sabâ ninho: Maçu

Tal do Rei nouo, o eſtamago acendido, Por Deos & polo pouo juntamente, O barbaro comete apercebido, Co animoſo exercito rompente: Leuantão nisto os perros o alarido Dos gritos, tocam a arma, ſerue a gente, As lanças & arcos tomão, tubas ſoão, Inſtromentos de guerra tudo atroão.

Pois ſe com ſeus deſcuidos, ou peccados, Fernando em tal fraqueza aſsi vos pos, Torne vos voſſas forças o Rei nouo, Se he certo que co Rei ſe muda o pouo.

Vos tenrro, & nouo ramo florecente, De hũa aruore de Christo mais amada Que nenhũa naſcida no Occidente, Ceſarea, ou Christianiſsima chamada: Vedeo no voſſo eſcudo, que preſente Vos amostra a victoria ja paſſada. Na qual vos deu por armas, & deixou As que elle pera ſi na Cruz tomou.

Via eſtar todo o Ceo determinado De fazer de Lisboa noua Roma, Não no pode eſtoruar, que deſtinado Eſtâ doutro poder que tudo doma, Do Olimpo dece em fim deſeſperado, Nouo remedio em terra buſca, & toma, Entra no humido reino, & vaiſe aa corte Daquelle, a quem o mar cayo em ſorte.

E vos ò bem naſcida ſegurança Da Luſitana antigua liberdade, E não menos certiſsima eſperança, De aumento da pequena Chriſtandade: Vos o nouo temor da Maura lança, Marauilha fatal da noſſa idade: Dada ao mundo por Deos todo o mande, Pera do mundo a Deos dar parte grande.

E aſsi tambem nos conta dos rodeios Longos, em que te traz o Mar yrado, Vendo os coſtumes barbaros alheios, Que a noſſa Affrica ruda tem criado Conta: que agora vem cos aureos freios, Os cauallos que o carro marchetado, Do nouo Sol, da fria Aurora trazem, O Vento dorme, o Mar & as ondas jazem.

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