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Mas, facto extranho: n'esse momento de verdadeira crise, quando se suppõe que a agitação popular vae assumir um caracter gravissimo, aquecida ao rubro pela noticia da morte, na atmosphera da cidade como que perpassa uma voz mysteriosa mas incisiva, recommendando socego e prudencia. Alguns jornaes republicanos recebem mesmo indicações n'esse sentido.

A vida inteira japoneza passa, perpassa aqui; quem folheou os albuns de desenho de Hokusai, e n'elles se interessou, deve depois votar horas inteiras a esta historia viva e flagrante do povo de Nippon; e assim completar, quanto possivel, a noção que haja formado d'este povo, um dos mais interessantes, e o mais sympathico talvez, do mundo inteiro.

O carcereiro empolgou a meia folha de papel e com soffreguidão o perpassa duas veses em frente dos olhos. Quando lhe cresceu tempo de o ler, curvou a cabeça em testemunho de respeito e contrictamente resmoneou: Meu fidalgo, bem adivinhava eu a estirpe de vossa senhoria!

Ahi, elle conta, a si-mesmo, alheiado, a historia da sua afflictiva agonia interior, onde mais doem na recordação as ingenuidades e os candidos embustes da quadra florente e illusionante. Este é o episodio capital da crise subjectiva que perpassa na trama lyrica do poema de Antonio Nobre.

A Rosa é como a Lyra, A Lyra pelo tempo ha muito engrinaldada, E é velha a união, a nupcia sagrada, Entre a côr que nos prende e a nota que suspira. Se a terra, ás vezes, brota a flôr que não inspira, A trivial camelia, a branca enfastiada, Muitas vezes no ar perpassa a nota alada Como a perdida côr d'alguma flor que expira!

E sempre de Mim Presente, Todo o Meu Ser se limita Em Eu Me Ser Realmente. Junho, 1915. As minhas mãos são esguias, São fusos brancos d'arminho, Onde fiaste e não fias O Sonho do teu carinho. As minhas mãos são esguias, Côr de rosa são as unhas, E nellas todos os dias Ponho a pomada que punhas. Quando Eu as fico polindo Perpassa nellas em ancia A tua boca sorrindo...

O que os livros me tinham revelado foi como que varrido da minha memoria; os sonhos que eu tinha edificado sobre a minha vinda a Paris, desmoronaram-se em uma especie de estranho cataclysmo, e percorri a linda capital da Europa civilisada, não como uma pessoa que de antemão, e por muito os ter visto descriptos, conhecesse os seus encantos, as suas bellezas soberanas, os filtros subtis que do seu pavé de bois se exhalam de envolta com o cheiro penetrante da terra sempre humida e sempre regada, a festa perenne das suas ruas e avenidas onde a miseria não vem pôr a sua mancha livida, onde perpassa uma multidão sempre garrida e sempre feliz, a perfeição nos seus theatros, a perversa poesia das suas canções fim de seculo, a tenra verdura das suas arvores, tão bem cuidadas que parece que de manhã cedo as lava todos os dias, a esponja e sabonete, um exercito de invisiveis jardineiros, a lindeza da sua luz que á tarde se faz de um cinzento roseo como o das paizagens de Corot, tão inexprimivelmente bellas... mas como um ser inteiramente novo

Uma brisa, suave, mas tepida, empregnada de perfumes de flôres e de fructos, perpassa, branda, para o norte, agitando as palmas dos coqueiros e as largas, compridas e pendidas folhas das bananeiras e das palmeiras.

Cinzenta a côr do ceu, a noite baça, O vento chora nas enxarcias, rude Como grito plangente d'alaude, Vibrado pelos dedos da desgraça. Além nenhuma estrella então perpassa,

N'esta calma perpassa a imagem Laura e ouve-se por vezes uma dorida voz de anciedade. A vida é mais alguma cousa do que esta apathia na dôr, a vida é a pratica do bem. Até a minha serenidade é crime!... Não! enganei-me. As bençãos da resignação não desceram ao meu peito, vivo na tristeza das cousas desejadas e inaccessiveis.

Palavra Do Dia

dormitavam

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