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Vou vagueando, com passos e em espirito. Estou , ou quasi ; ha pouco dei , por entre as sepulturas, de uma velha japoneza, guarda do cemiterio, que ia apanhando do chão alguns cavacos.

Ora, a prole é a grande preoccupação da familia japoneza; considera-se mesmo incompleta e quasi ignominiosa a existencia d'aquelle que a não teve, e assim se privado de legar o seu nome, e os encargos do culto devido aos ascendentes, ao natural herdeiro de taes honras, restando-lhe apenas o triste expediente da adopção de um filho estranho, que, com a herança do appellido de familia, assuma os encargos da supposta primogenitude.

Offerece-se-lhe um de dois caminhos a seguir: ou communga na vida japoneza, inicia-se nos seus segredos intimos, ama-a nas suas modalidades, e assim a existencia se lhe gasta, se consome rapida, esgazeada em admirações, doidejando em vertigens; ou se retrae, se isola, odeia a natureza que não comprehende, odeia o exilio, vive de saudades da patria, entre as quatro paredes do seu lar, ou dos clubs cosmopolitas da colonia forasteira.

Consta que o estranho tempero, aquella terra, que em alguma coisa participa da essencia dos amantes que ali jazem para sempre, tem virtude comsigo, e é sempre efficaz em trazer ao bom caminho os mariolas, os maridos. A Henrique Carvalhosa. Falla a lenda japoneza. Antigamente e quem sabe se ainda hoje! no seio do oceano era o reino faustuoso dos dragões.

A proposito d'estas divagaçöes respeitantes ao chá e ao seu culto, vem-me agora ao pensamento e ainda me compunge um dramatico episodio da existencia intima japoneza, que contado me foi ha cerca de tres annos. Vou tentar descrevel-o.

Segundo a tradiçäo da gente japoneza, Darumá, o grande apostolo indiano do buddhismo, veio á China ahi pelo começo do seculo VI da nossa era christä, e em terras chinezas prégou em honra da verdade, illuminando o espirito dos povos.

Imagine quem quizer como áquelles amorosos as horas iriam correndo encantadoras, na serenidade mysteriosa do palacio, cingido por muralhas de marmore, e rodeado de jardins, e no afan de festejarem aquella lua de mel, tardia embora, que lhes apparecia no horisonte!... A Nuno Queriol Falla a lenda japoneza. Era uma vez um velho, que tinha um enorme lobinho sobre a cara, na face por signal.

Um restaurante, na pittoresca linguagem japoneza, diz-se uma chaya, que quer dizer casa de chá.

Se um dia me sobrarem ocios e pachorra juntamente, hei-de ainda escrever um longo capitulo inspirado na mulher japoneza, tal como eu a comprehendo, ou antes, tal como a não comprehendo. Não agora. Agora intento apenas fallar d'ella em breves phrases, ao capricho das rapidas idéas que me occorrem. Qual é o seu destino? O enlevo do lar.

A mimica é impressiva, unica; privilegio d'aquella figurinha meiga e ondulante e d'aquella buliçosa mäo, de finissimos contornos, da japoneza, que é, em summa, a Eva mais gentilmente pueril, mais captivantemente chimerica, mais feminina emfim, de todas as Evas d'este mundo.

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