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A 1 de janeiro de 1915, dando-me as boas festas, accrescenta logo: «Sinto-me num estado de espirito tão desolado e abatido que nem posso conversar á vontade com os amigos mais queridos. A Mercedes anda outra vez doente e eu estou com immenso receio que seja uma nova poussée do antigo mal. Trago o coração em sobresaltos

No seio negro e profundo Da noite em treva dormindo O Pharol é Outro Mundo, Ora chorando, ora rindo. Na noite negra, afinal, Tudo a elle se limita: o pharol é real! A treva nunca tem fim, Ó sensação infinita, Sou Pharol de Mim! Junho, 1915. Toda a minh'Alma se prende Naquella forma de graça; Mas não é na forma viva Mas sim na Linha que passa.

Ambos elles estavam concluidos e preparados para o prelo antes d'aquelle supremo infortunio da sua vida, que foi a perda da sua adorada mulher, levada pela morte em setembro de 1915, ainda em plena mocidade e em todo o encanto da sua grande elegancia e brilhante formosura. O offerecimento do Sol de Inverno não é feito á sua memoria, mas a ella ainda viva e presente no lar domestico.

sensações são Presente, nellas vive a Verdade. Passado nunca passou, Futuro não o terei: Pois sempre Presente sou No que Fui, Sou e Serei. Junho, 1915. Ha pouco quando bordava Picou-me a ponta dos dedos A agulha com que bordava... E a seda toda de branca, Branca da côr dos meus dedos, Essa seda que era branca Ficou com papoulas rubras...

Presente no meu olhar, Eu fui Outra Salomé Feita de Mim a dançar. Junho, 1915. AO SR. C

Que o sangue das minhas veias creou papoulas rubras... Mas tão sós e tão alheias! Junho, 1915. Nada em Mim é necessario Nem mesmo o que foi sonhado, Ó contas do meu rosario D'um sonho nunca acabado. Tudo tão feito de Mim... meu longe de passado

A argumentação que desenvolvi, com um facto recentíssimo pode exemplificar-se. Pela renúncia colectiva de 16 senadores, apresentada em sessão do Senado de 5 de Janeiro de 1915, o número dos seus membros que, constitucionalmente, é de 71 desceu a 55.

Toda a minh'Alma se prende, Bate as Asas esvoaça... E é como a sombra distante D'aquella Linha que passa. A vida é o Espaço Que vai da propria Linha Á sombra d'ella num traço. Quando a Morte fôr vizinha, Fundidas no mesmo Espaço Será tudo a mesma Linha. Junho, 1915. Para Além d'aquelles montes Não ha aves, nem ha fontes, Nem ribeiros, nem campinas, Nem casaes pelas collinas.

Excerptos de um poema desbaratado que foi escripto durante os três dias e as três noites que durou a revolução de 14 de Maio de 1915. Satanizo-Me Tara na Vara de Moysés! O castigo das serpentes é-Me riso nos dentes, Inferno a arder o Meu cantar! Sou Vermelho-Niagára dos sexos escancarados nos chicotes dos cossacos! Sou Pan-Demonio-Trifauce enfermiço de Gula!

E sempre de Mim Presente, Todo o Meu Ser se limita Em Eu Me Ser Realmente. Junho, 1915. As minhas mãos são esguias, São fusos brancos d'arminho, Onde fiaste e não fias O Sonho do teu carinho. As minhas mãos são esguias, Côr de rosa são as unhas, E nellas todos os dias Ponho a pomada que punhas. Quando Eu as fico polindo Perpassa nellas em ancia A tua boca sorrindo...