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E sempre de Mim Presente, Todo o Meu Ser se limita Em Eu Me Ser Realmente. Junho, 1915. As minhas mãos são esguias, São fusos brancos d'arminho, Onde fiaste e não fias O Sonho do teu carinho. As minhas mãos são esguias, Côr de rosa são as unhas, E nellas todos os dias Ponho a pomada que punhas. Quando Eu as fico polindo Perpassa nellas em ancia A tua boca sorrindo...

Ó meus Cafés de grande vida Com dançarinas multicolôres... Ai, não são mais as minhas dôres Que a sua dança interrompida... Lisboa março de 1915. Na sensação de estar polindo as minhas unhas, Subita sensação inexplicavel de ternura, Todo me incluo em Mim piedosamente. Emtanto eis-me sózinho no Café: De manhã, como sempre, em bocejos amarelos.

Este velho que pára nos patamares das escadas, gordo e molle, de cabellos brancos estacados, é o Gebo. Todo curvo, olha-vos com um olhar aguado e tonto. Ó Gebo! E elle, erguendo o carão afflicto: Anh?... E como este, outros assim. A toda a hora vae o enxurro humano polindo as pedras. A ventania açouta o casarão e passa, levando poeira de scisma, ais, para outro mundo ignoto.

Nuno, empalidecendo, abalou, enfiado, pelo corredor, desceu a quatro e quatro os degraus da escada, gritou: Manuel! Manuel!... Onde estás tu? Aqui, patrão! respondeu o servo, saindo dum canto e trazendo nas mãos um pedaço de camurça com que estava limpando e polindo metais.