United States or Montenegro ? Vote for the TOP Country of the Week !


Hum! atalhou Mauricio com meio riso não me enganei, previ logo que se tractava d'isso. De quê? Fizeram-te queixa de mim, não é verdade? Pintaram-me como um lobo voraz rondando e assaltando o curral da tenra ovelhinha, creada com tanto mimo e recato? e tu, na tua inexperiente imaginação de rapaz serio, viste logo um drama pavoroso em tudo isso e distribuiste-me n'elle o papel de tyranno.

Fez-se moço e grande pelas serras brutas, Onde as aguias pairam, onde o roble medra, E onde os fragaredos barbaros, com grutas, Se encastelam crespos, infernaes, em lutas, Tal como tormentas de trovões de pedra! Cada serrania alcantilada e brava, Sob o azul d'Agosto, côr de fogo e , Recozida a febre e atordoada em lava, Lagrimeja apenas d'uma rocha cava Pranto, que o bebera uma ovelhinha !

E de povo em povo, que é de serra em serra, Almas na agonia visitando vae; Quando chega, a Morte as não aterra, Ella lhes azas p'ra voar da terra, Seu menino beijos p'ra levar ao Pae... Virgem das Angustias, Virgem da Bonança, Quantas noites, quantas! tremula de dor, Não vae ser parteira da ovelhinha mansa A parir, balando como uma creança, Entre fragaredos de meter horror!

A provincia de Traz-os-Montes é um sertão desconhecido, um retalho de Portugal segregado da civilisação; mas não deixa por isso de ter uma chronica de tradições barbaras, que virá archivar-se em folhetins, quando os caminhos de ferro, construidos pelos capitalistas da Ovelhinha, aproximarem o contacto das intelligencias com as florestas virgens d'aquella região polar.

Com lentos passos vou muito manso andando, O sussurro das plantas receando, Se bem que o vento amigo me valia; Pois nem das folhas o brincar se ouvia. Chego ao ladrão: observo, que em socego Dorme roncando: na Ovelhinha pego: Sobre os hombros a ponho, e vim fugindo, Do furto alegre, de alegria rindo.

O leão, implacavel creatura, Quando a victima arrasta inda arquejante Tinto de sangue, offerta-a com ternura Á leôa parida, sua amante: E a indefeza timida ovelhinha, Entre as flôres gentis do verde prado. Meiga balando á mãe que se avesinha, Por dar-lhe o leite doce e perfumado;

Perdoa, que eu atalhe o teu conselho, Proprio de hum Sábio, Virtuoso, e velho. Dize, meu Ácis, dize, por clemencia, Qual foi a causa de tão longa ausencia? Foste tu: foi o amor, e foi o empenho De trazer-te a Ovelhinha, a qual tenho. Ao casal ta levei; mas sem achar-te; Pois vieste a buscar-me, eu vim buscar-te. GALAT

Nisto pensava triste, e vacilante, Quando escuto berrar pouco distante, Parto, gyro, procuro, em vão procuro: Pois nada vejo: vejo hum bosque escuro, Que o Sol formoso nunca vio por dentro: Corro, o bosque examino; e no centro Vejo hum pobre roupeiro esfrangalhado, Dormindo, e a Ovelhinha preza ao lado. Eu, que a vejo, e conheço, ó que alegria Em teu obsequio a minha alma enchia!

Rosto comprido, airosa, angelical, macia, Por vezes, a allemã que eu sigo e que me agrada, Mais alva que o luar de inverno que me esfria, Nas ruas a que o gaz noites de ballada; Sob os abafos bons que o Norte escolheria, Com seu passinho curto e em suas lãs forrada, Recorda-me a elegancia, a graça, a galhardia De uma ovelhinha branca, ingenua e delicada.

Quando o Sol hia ver outro Orizonte, Deixando triste o rio, o valle, o monte, Metto o fuso na róca, o gado chamo Para o pobre curral, vem ao reclamo: Conto as cabeças, falta-me a Ovelhinha, Que eu estimava mais, que as mais, que eu tinha, Por brincadora, esperta, e tão malhada, Que parecia com pincel pintada. Tinha-me tanto amor, que se eu gemia Ella então nem brincava, nem comia.

Palavra Do Dia

disseminavam

Outros Procurando