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E o fidalgo não se esqueceu do que lhe deve ao avô, do que me deve a mim, para vir para aqui, vermelho como uma lagosta, impar de raiva mansa? Se não tivesse que descer a medir-me comtigo, fazia-te engulir tudo isso com os dentes que te restam. Tremia apertando nervosamente o bordão. Com bem passe, senhor Martinho e o velho dizia-lhe adeus com a mão, sem se voltar. Fale-me ámanhã em jejum.

Tempo he ja de esquecer contentamentos Passados, co'a esperança que passou, E de que triumphem novos pensamentos. A , que viva n'alma me ficou, ja fim aos caducos ardimentos A que o passado bem se condemnou. Oh quanto melhor he o supremo dia Da mansa morte, que o do nascimento! Oh quanto melhor he hum momento, Que livra de annos tantos de agonia!

Ergueu-se, e vio apparecer um vulto coberto de manto longo e escuro. Tornou a porta a fechar-se, e achárão-se os dous cerrados um junto ao outro, quasi sem poderem fazer livremente um gesto, pela estreiteza do aposento. Sois Manuel de Moraes? perguntou-lhe uma voz mansa e socegada. Pensou rapido o preso que tinha diante de si um dos juizes encarregados do seu interrogatorio e processo.

Candido, na paz das solidões dormentes, Ignorando o mundo rancoroso e vil Aos cem anos inda, com a dos crentes, Punha olhos claros, simples, inocentes, Na estrellinha d'alva das manhãs d'Abril! Levará no esquife para os ceos a palma Da grandeza mansa, da virtude austera. Realisou no mundo a perfeição da Alma: Porque foi bondoso como a lua é calma, Porque foi um santo sem saber que o era!...

Que és o regato de agua mansa e fina, A folhinha do til que se balança, O peito que em correndo logo cança, A fronte que ao soffrer logo se inclina... Mas, filha, nos montes onde andei, Tanto me enchi de angustia e de receio Ouvindo do infinito os fundos ecchos, Que não quero imperar nem ser rei Senão tendo meus reinos em teu seio E subditos, criança, em teus bonecos!

O rouco arfar de um peito moribundo, no combate da morte inexoravel; o latejar irado da paixão, brazas ardentes da cobiça e inveja; a tremura da ave no seu ninho, sopro ofegante de animal bravio, na incerteza da sorte e seu terror; a timidez da corça perseguida, a criança dormindo no seu berço e os anjos que a visitam e em torno adejam; o cavador prostrado de fadiga, o velho repousando docemente, no repouso de quem avista proximo o termo dos enganos dêste mundo; a mansa vibração das orações, o brando devaneio enamorado, e a tortura do mal que é irreparavel, e o anseio oprimido da saudade... Que vidas se conteem em um alento e no breve erguer do peito que o desprende!

E a proposito, disse ella tirando o relogio, é a hora, duas e meia. Janto ás seis, o caminho é longo. O da Torre ia a sair, a viuva tinha-se erguido sem reparar na impressão que estavam fazendo os seus cortantes modos de dizer. Manuel Zarco deixou-se caminhar ao lado d'ella foi-lhe lembrando com voz mansa que os velhos rancores deviam acabar com aquelle enlace dos filhos: tudo afinal se esquece.

Onda mansa que á superficie corre, Toda a alegria é ; a Dor é fecunda! A Dor é a Inspiração, louro que nunca morre, Se em nós crava a raiz exhaustiva e profunda! No entanto, eu te saudo e louvo, hora dourada, Em que a Alegria vem extinguir, de surpresa, Como chuva a cair numa planta abrasada, A fornalha em que a Dor se transmuta em Belleza!

Ai de mi, que me abrazo em fogo vivo, Com mil mortes ao lado; E quando morro mais, então mais vivo! Tão suave, tão fresca e tão formosa, Nunca no ceo sahio A Aurora no princípio do verão, Ás flores dando a graça costumada, Como a formosa mansa fera, quando Hum pensamento vivo m'inspirou, Por quem me desconheço.

Ora metta a sua religião no pucaro e coma d'ella, ouviu, sua intromettida? Quem não quer ouvir não mente descaradamente. E que lhe importa a visinhança? E vmc.e que lhe importa aquella senhora que está mansa e quêda em sua casa? Se come por ella, ganhe a sua vida como podér, e deixe conversar quem conversa! Que lhe parece, tia Bernarda! sempre ha cada estafermo n'este mundo!...