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D. Maria da Gloria, mais do que nunca, ficára toda entregue ao tractamento do demente. Ao dar meia noite do quarto dia, posterior áquelle em que a fidalga donzella tão inesperadamente desenlaçára o temivel , que seu pae lhe lançára ao collo, gemia Sebastião da Mesquita no seu leito as dôres de sua teimosa enfermidade, e as que procediam de um pesadelo medonho.

Com as palpebras humedecidas, agarrando desesperadamente, a boceta d'alperces, Gonçalo balbuciava, atravez da emoção que o estrangulára: Oh mulher, socegue, o vão soltar! Socegue! dei ordem! o vão soltar! E d'um lado a Rosa, debruçada sobre a escura creatura que gemia, recomeçava docemente: «Pois foi o que lhe dissemos, tia Maria!

Depois cahiu de costas, rompeu a delirar. Ora gemia, ora gritava. E era sempre sobre as serras de Suliman, os diamantes e o deserto! Levei-o para dentro da tenda: e, com o pouco que tinha, fiz o pouco que podia. O homem estava perdido. Rente da meia noite socegou. Eu, esfalfado, adormeci.

Como se fora uma chuva de pétalas, do céu de madrepérola a neve caía mais densa... ao mesmo tempo que nos ramos altos dos castanheiros, como no seio imenso de um órgão, o vento sul gemia...

Então era a minh'alma que gemia no vago anceio d'onde nasce o amor; mas hoje sei que amor no mesmo dia nasce, esmorece, e morre como a flôr. Da meiga briza o tépido bafejo, a rosa perfumada, o pôr do sol, as nuvens d'oiro, esplendido cortejo do astro-rei, a voz do rouxinol;

Era silencioso, meigo, taciturno como se uma saudade ou um remorso lhe pesasse na alma. Ás vezes, quando a dormir, tinha sonhos afflictivos, gemia baixinho, com estremecimentos bruscos em todo o corpo como se quizesse lançar-se n'uma corrida para salvar alguem que visse em perigo... Todas as tardes sahia. Fechava-se-lhe a porta, saltava pela janella.

E em frente da janella o mosteiro vetusto Vibrava de onde em onde os seus toques divinos. Então vinha á janella, e o delicado busto Mergulhava na onda electrica dos sinos. Passava a Mocidade altiva para vê-la, Da terra a fina flôr lhe vinha confessar O seu ardente amor, debaixo da janella, Á luz inebriante e meiga do luar. A guitarra gemia.

«A final veiu a paralysia cerebral que o matou sem agonia. De vez em quando gemia e invocava a Deus! Durante um desmaio na manhã do dia em que morreu, foi ungido. «Não se lhe notou á hora da morte o intervallo lucido, que ás vezes apparece nas doenças mentaes.

Assim gemia o magnânimo Ulisses,

Tremiam de goso a ouvi-lo cantar... E o vento sonhava na espuma do Mar. O Cysne cantava, tirando da Lyra Um hymno que nunca na terra se ouvira; Não pára, nem sente, na sua emoção, Que a vida lhe foge naquella canção. Mas quando, entre nuvens, a tarde cahia No enlevo do canto que a essa hora gemia, E Apollo no seio de Thetis desceu, O pobre do Cysne, cantando, morreu...

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