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Immortal Galileo, ao dia, ás luzes Que ao Mundo trouxe teu saber profundo, Se oppôz a cega audaz insipiencia E inda agora se oppõe; que hum véo sombrio Tentou no Sena despregar-te em cima. Ah! não se lembrão que se a Italia culta Não dera o berço a Galileo, não forão Tão ufanas de si Gallia, e Britannia, Hum Newton dando á luz, e á luz Des-Cartes!

Se a instituição se mantem por dois ou tres annos mais, é-nos licito acariciar a esperança de que terminaremos por não haver cavallo nenhum, e teremos ainda o gosto de ver o primeiro dos sportmen que figuram no programma da presente corrida, o ex.'mo sr. Galileo, acabar por percorrer a pista montado no seu telescopio.

Se muito a Galileo deveste, ó Newton, Mais a Italia te deve, as Artes devem, Na Hesperia á perfeição levadas sempre. Mecanica, aos mortaes proficuo estudo, Depois de Newton teu sacrario aberto Eu vejo pela Europa, e mais se apura Do maquinista Siculo o talento, Que atalha os vôos das Romanas Aguias; A força cede a força ás artes sabias!

Tasso respeitava as regras: a Jerusalem conquistada foi o fructo d'esse respeito. Felizmente a Libertada era publica: aliás o poeta perseguido pelos preceitos e pelos pedantes teria destruido a sua obra prima para nos deixar um poema que ninguem hoje . Seria mais um mal produzido pelo fanatismo litterario; e apesar de Galileo e de Dureau Delamalle, nós folgamos que tal não acontecesse.

Seguindo a piza ao fundador, ao mestre Da sciencia astronomica, empunhava O Telescopio do subtil Campani; De Saturno os satellites descobre Quasi todos então; busca as estrellas, Que immortal Galileo Primeiro achára, Luas de Jove são; fanal aos nautas; O espantoso fenomeno nos mostra Da luz Zodiacal, co'a parallaxe Do sanguineo, medonho, accezo Marte A distancia marcou do Sol á Terra, Distancia que confunde a mente humana, E que a luz n'hum momento abrange, e corre; Sabio traçou Meridiana linha, E por ella nos mostra o variante Moto veloz da Terra ao Sol em torno.

Diante da Pyramide sublime Entre as columnas se elevava ingente, Firme, segura baze; ordem Toscana Com magestade seus adornos fórma; Nella esculpido teu grão nome eu leio, Immortal Galileo, tu preço, e gloria Da Etrusca Sapiencia, e timbre illustre D'alma Cidade qu'em seu gremio ouvira Os magos sons da Cythara suave, Que a Laura celebrou, qu'ouvira outr'ora Da boca de Ficino auri-eloquente Do excelso Platonismo expor mysterios; Que dera o berço ao que descobre hum Mundo, Que o nome seu tomou; qu'inda hoje o guarda.

Que enorme vibração aos tristes galvanisa? Que fado deslumbrante a Patria considera? Una rasgo de valor que um mundo synthetisa? Um estro que irradia a Gloria pela esphera? Um Genio que assombrasse o coração do mundo? Talvez Dante ou Camões, talvez um Diderot, Ou Bacon, ou Voltaire o destructor profundo, Feurbach ou Galileo, Danton, Goethe, Rousseau? Oh não!

Eis se me amostra Galileo, dos astros O novo Cidadão, tem curva a frente, E descarnadas mãos co'as vís cadêas. Cinge-lhe Jove na enrugada testa As q' elle achára incognitas estrellas. D'antiga Resia veio o alto ornamento, He Bernúlli immortal.

Ó grande Preceptor do ingrato Nero, Se isto não foi teu animo sublime, Ah! são por certo teus escritos, isto!! Diofantes, Apolonio, eu bem destinguo, Tem nas mãos o compasso, e tem na terra Immoveis sempre os encovados olhos; Alli descreve as trabalhosas curvas, E além disto não mais surge esta idade; Não foi mais Galileo, nem mais Des-Cartes!

Immortal Galileo, devem-te os sabios, Da Terra aos astros o caminho aberto; Qual deve a Magalhães o nauta a estrada, Que cerca todo o globo em mar profundo: He teu brazão sômente, he gloria tua Desta mesquinha, inerte escura Terra Avizinhar as lucidas estrellas; E, se o Toscano ceo d'astros he rico, Que ao throno Medicêo docel formárão, A ti se deve, a ti!... Memoria triste!

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