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Então, a virgem morena, amortecida ao calor da atmosfera, ou embalada nos vagos rumores do sonho, distendia a vontade rude, poisava os olhos nos olhos do homem, permitia um pouco de intimidade. Indispunha-a porém contra ele uma fera que rugia, um relampaguear de tormenta, um súbito receio dos lobos nocturnos.

«Finda a leitura, prompto o legado, extinguiu-se aquella existencia esplendida, abraçada á cruz de Christo, abençoando a herdeira do seu nome, e embalada pelos cantos da sua propria harpa. Fim sublime! Sentiu no ultimo suspiro, o seu credo, o seu génio e todo o seu coração

Agora sabem o porquê d'aquelles prantos, e digam-me se ella não tinha rasão, amante cinco annos, cinco annos embalada pela esperança de cada noite, ditosa pela realidade querida de cada dia, afeita áquelles olhos negros, áquelles cabellos louros, áquella melodia de palavras, que pareciam cantadas a um arpejo de anjos! Nunca ninguem chorou com mais amargura intima, penso eu!

Porque é que os teus vinte annos, as fórmas arrebatadoras do teu flexuoso corpo de sylphide, que verga pela dôr, mais languido e gentil do que a palmeira solitaria embalada nas bafagens mornas vindas da amplidão remota do deserto, como é que toda esta adolescencia, que te cinge como auréola de encanto e attractivos, me faz ter medo de ti, me prende a voz temerosa e balbuciante, que ousa ás vezes perguntar-te: D'onde vieste?

Vem, ó linda madrugada, Vem de violetas c'roada, Pelas brizas embalada, Vem nestes campos folgar; Folga nos céos e na mata, Que nas aguas se retrata, Nas aguas de lisa prata, Na prata do liso mar.

Oh chimera, que passas embalada Na onda de meus sonhos dolorosos, E roças co'os vestidos vaporosos A minha fronte pallida e cançada! Leva-te o ar da noite socegada... Pergunto em vão, com olhos anciosos, Que nome é que te dão os venturosos No teu paiz, mysteriosa fada! Mas que destino o meu! e que luz baça A d'esta aurora, igual á do sol posto, Quando nuvem livida esvoaça!

Margarida Não sei! Olhe? não sei!... Bem , bem , Que nós obramos sem alma nem . Pois eu sei senhor! sim, eu sei O que fiz? Foi apenas o que Esta vil creatura! Foi sómente A pratica d'um acto inconsciente!... Arminda E que, talvez, por essa inconsciencia, Um porvir se consiga da innocencia... Descança ella no leito que lhe dei, Embalada p'la dôr que alimentei.

A lua illuminava-lhe o semblante com a magestade com que se reflecte n'uma janella gothica. Parecia adormecida, criança, embalada pela toada das harpas dos seraphins, que a vinham abrigar do rocio da noite debaixo da sombra de suas azas brancas. O vento levava-lhe as roupagens longas, que fluctuavam como uma nuvem rescendente que a envolvesse. Ella não estava adormecida, scismava.

E assim com a imaginação embalada por um vago ideal vae João de Deus poetisando como Goëthe na opinião do seu, citado amigo, tudo o que no caminho encontra. Poucas vezes se lhe altera a harmonia cerebral ao impulso d'uma vibração mais violenta. Os successivos amores fundem quasi n'uma abstracção, parecem subtilisar-se até no feminino eterno do cantor do Fausto.

A palmeira cede ao primeiro impulso, e deixa-se ir, em doce voluptuosidade, embalada nos braços vaporosos do vendaval, que são os primeiros, e por ventura os unicos, que se estendem para ella. O roble cede apenas quando o tronco está corroido pelos vermes ou abalado pelas luctas da tempestade.

Palavra Do Dia

dormitavam

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