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Cada facto, por seu turno, vibrava-me no ouvido, como um som agudo; e, á maneira d'um clamor synistro, estrondeando por sobre tudo, rugia incessante aquella palavra da consciencia de Fanny, proferida, um dia, para meu supplicio: Eu mentiria se dissesse que o não estimo.

«O Melro, como o porco montez e o lobo cerval, embrenhára-se por pinhaes e carvalheiras; ás vezes, parava a orientar-se pelo cucuritar dos gallos tresnoitados e latir dos cães. Ao fundo das bouças ladeirentas, rugia o rio Péle nos açudes das azenhas e nas guardas dos pontilhões. Lamellas era da parte d'além. Mas o rio, de monte a monte, rugia intransitavel nas pequenas pontes.

Durante semanas, afferradamente, esse fatal Casco o torturára para lhe arrendar a Torre. Mas elle tratára com o Pereira, o Pereira Brazileiro, por uma renda explendidamente superior á que o Casco offerecia a gemer. Desde então o Casco rugia, ameaçava, por todas as tabernas da Freguezia. E, n'essa tarde, surde d'uma azinhaga, rompe para elle, de varapau erguido!

Muito rijo bate o vento Na parede da Igreja; Alguem cahida a deseja, No levantar vai o tento. Mas ai! do calçado a obra Logo requer o salario; Porem naõ ha muita sobra Se naõ dobra o campanario. Vejo, vejo, dizer vejo Andar a terra ao redor; E o borborinho com dor Revolve um, e outro sexo. Rugia a porca do sino, O sino naõ badalava, A grimpa se revirava, E o sino andáva a pino.

Victor Hugo, estupefacto da injuria e talvez atordoado do choque, encarou fremente, mas silencioso, o veterano que elle perfeitamente conhecia. Villão! rugia o velho com os olhos brilhantes da chamma dos vinte annos Torpissimo gaiato que insultas a senhora que roubaste! Bandido, que comes no Hotel Bragança os tres contos de reis de... Tavares susteve-se, reprimido pela mão da caridade.

Eu, indignado, lhe dava outros cartuchos, mais rôlos, mólhos de moedas de meio real enfiadas em cordeis... a maleta estava vazia. A turba rugia, insaciada. Mais, Vossa Honra! supplicou Sá-tó. Não tenho mais, creatura! O resto está em Pekin! Oh Buddha Santo! Perdidos! Perdidos! chamou Sá-tó, abatendo-se sobre os joelhos. A populaça, calada, esperava ainda.

Então, a virgem morena, amortecida ao calor da atmosfera, ou embalada nos vagos rumores do sonho, distendia a vontade rude, poisava os olhos nos olhos do homem, permitia um pouco de intimidade. Indispunha-a porém contra ele uma fera que rugia, um relampaguear de tormenta, um súbito receio dos lobos nocturnos.

Victor, escabujando de encontro aos raios da roda, rugia gritos de soccorro, luctando em balde para arrancar a mão ainda armada á torquez que lhe desarticulava o pulso. O mulato remessou-lhe um joelho ao ventre, e disse-lhe n'um rouquejar de voz, mudada em bramido pela ferocidade da ira: Hasde saber quem sou, perverso ladrão! Sou o preto do conde de Baldaque.

Que a porta de pedra está a cahir! Uma outra voz, desesperada, a de Gagula, rugia sinistramente: Larga-me, rapariga, larga-me! Acudam! Acudam! Ai Gagula que me matou! Como contar o brusco, pavoroso lance? Corremos. Á luz frouxa da lampada vimos a porta de pedra descendo, e junto d'ella Gagula e Fulata enlaçadas n'uma lucta furiosa. De repente Fulata cae, coberta de sangue.

Rugia o mar e ao soffrer o corte Da prôa revoltava-se altaneiro, Varria o tombadilho. Sempre forte Ia o vapor correndo audaz, ligeiro. Echoava o trovão. Mas de repente Ao vendaval succede-se a bonança, O nevoeiro esvae-se lentamente, A chuva pára, o oceano amansa; O sol mostra seu disco reluzente, Nos rostos pairam os sorrires d'esp'rança. Lisboa 1891.

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