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Todo o soalho estava recoberto d'esteiras finas de Nankin; e junto á janella rendilhada, sobre um airoso pedestal de sandalo, pousava aberto ao alto um leque formado de laminas de crystal separadas, que a aragem entrando fazia vibrar, n'uma modulação melancolica e terna. As manhãs do fim d'agosto em Pekin são muito suaves; erra no ar um enternecimento outonal.

Uma coisa porém era evidente, e n'ella concordaram Camilloff, o respeitoso Sá-Tó e a generala: que, para frequentar a familia Ti-Chin-Fú, seguir os funeraes, misturar-me á vida de Pekin, eu devia desde vestir-me como um chinez opulento, da classe letrada, para me ir habituando ao traje, ás maneiras, ao ceremonial mandarim...

O mais bello poderoso e antigo imperio da China, com quinhentas leguas d'oriente a occidente; e tresentas e cincoenta de norte a sul. Tem como immensa povoação as principaes cidades de Pekin e Nankin. De um Lavrador velho e cego, da freguezia da Maia, a qual foi achada debaixo do travesseiro, depois do seu fallecimento.

Em Tung-Chou fiquei surprehendido, ao dar com uma escolta de cossacos que mandava ao meu encontro o velho general Camilloff, heroico official das campanhas da Asia Central, e então embaixador da Russia em Pekin.

Deitei-me: e sonhei que estava longe, para além de Pekin, nas fronteiras da Tartaria, no kìosque d'um convento de Lamas, ouvindo maximas prudentes e suaves que escorriam, com um aroma fino de chá, dos labios de um Buddha vivo. Decorreu um mez.

Um exemplo bastará. No dia 13 de março, quando era perfeitamente conhecida em Portugal a rendição de Saldanha da Gama, o Correio da Manhã, celebre pelos telegrammas varios sobre a revolta, recebidos dos seus correspondentes de Paris, Londres, Rio, Buenos-Ayres e não sabemos tambem se de Pekin e Massuah, publicava o seguinte: «Correu ante-hontem em Lisboa o boato de que o governo recebera um telegramma em que se lhe noticiava que o almirante Saldanha da Gama havia deposto as armas e procurado abrigo a bordo da corveta Mindello.

Eu, indignado, lhe dava outros cartuchos, mais rôlos, mólhos de moedas de meio real enfiadas em cordeis... a maleta estava vazia. A turba rugia, insaciada. Mais, Vossa Honra! supplicou Sá-tó. Não tenho mais, creatura! O resto está em Pekin! Oh Buddha Santo! Perdidos! Perdidos! chamou Sá-tó, abatendo-se sobre os joelhos. A populaça, calada, esperava ainda.

Voltei para casa, pesado e pensativo. Ao jantar, Camilloff, desdobrando o seu guardanapo, pediu-me com bonhomia as minhas impressões de Pekin. Pekin faz-me sentir bem, general, os versos d'um poeta nosso: Sôbolos rios que vão Por Babylonia me achei... Pekin é um monstro! disse Camilloff oscillando reflectidamente a calva.

Uma rica liteira esperava-me á porta de Tung-Tsen-Men, para eu atravessar Pekin até á Residencia militar de Camilloff.

Bebido o chá, conversámos do grande plano: na manhã seguinte eu a levar a alegria á triste choupana da viuva de Ti-Chin-Fú, annunciando-lhe os milhões que lhe dava, depositados em Pekin: depois, de accordo com o Mandarim governador, fariamos uma copiosa distribuição de arroz pela populaça: e á noite illuminações, danças como n'uma gala publica... Que te parece, Sá-tó?

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